Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador governo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Solucionáticas?


No texto abaixo eu meto uns paus, faço umas críticas e reclamo de umas coisas, entendi que estava também incluindo algumas solucionáticas enrustidas no apontamento da problemática. Seguidor das leis de Rei Dadá esperava e entendia que alguns apontamentos incluídos sub repticiamente no texto ficariam claros, mas amigos bem sacadores não sacaram e resolvi escrever as propostas num “Que fazer?” caboclo meia boca.

Primeiramente acho que é bom explicar, embora seja óbvio, que de Lênin eu não tenho nem a careca. Segundamente não tenho experiencia forte em administração pública, ou seja, jamais atuei no poder então meus pitacos são especificamente de fora, cometendo obviamente deslizes no que foge à minha alçada.

As críticas que coloco relativas aos posicionamentos partidários são simples de esclarecer o que proponho: Fortalecimento das instancias internas com nucleação forte, nucleação de base com relações inter núcleos via plenárias regionais frequentes e com isso levantamento de questões à plenárias de direção que encaminhem diretrizes às executivas partidárias. O uso de um falso centralismo democrático travestido de colegiado de correntes e tendencias é golpe imediato na democracia interna de partidos como PT e PSOL.

O PSTU e PCB já partem do centralismo democrático clássico, críticas à parte sobre a existência ou não de burocratização neles, mas partidos como PSOL e PT se colocam como partidos de correntes de de núcleos, se você interrompe o oxigênio partidário com enfraquecimento dos núcleos você amplia a burocratização e mata o partido, ao menso a diversidade e se bobear sua inclinação socialista, ainda mais se a opção pelo eleitoralismo levar à filiação de grupos que nunca foram parte da esquerda, nem mesmo na proximidade pontual.

Pra sair da armadilha de comportamento olímpico com relação ao povo sem uma relação direta de convencimento acredito que o primeiro momento é abandonar a ideia da população não ter consciência e ir no caminho antropológico de “etnografia”, ou seja, viver com a população e dialogar, colocar as ideias no pano, ver qualé, passear pelos locais, discutir, interagir e sim, ser convencido também. Atividades e pesquisa são fundamentais, entender a dimensão das relações sociais e de parentesco nas comunidades idem, entender o que significa honra, palavra, dádiva,etc, mais ainda.

É fundamental desconstruir a ideia de povo como algo dado e cuja definição de Marx é tomada como regra e não o como Marx chegou a esta definição. Nada é menos materialista do que pegar uma ideia construída fora do dia a dia político brasileiro como fundamento para análises nossas. E mesmo em muitas análises feitas por brasileiros a ideia de povo é tomada via “bancada”, ou seja, o povo é visto do alto de uma análise de classe média/alta ou mais ainda mesmo quando vista in loco trabalhada com o arquétipo de povo. Sem contar que devíamos escrever “povo” dada a diversidade do que significa esta categoria.



De que povo estamos falando? Como ele respira, ouve, lê, anda, fala? Tem sotaque? Que sotaque? De onde vem esse sotaque? Como são as relações de gênero deste povo? Como são as relações entre fenótipos diferentes? Como são suas construções? Como eles veem e querem suas casas , ruas, escolas, trabalho, sexo, música? São perguntas abertas, e é óbvio que são feitas também da “bancada”, porque as perguntas mudam de acordo com o campo. É preciso que a “prática como critério da verdade” seja algo além de um discurso e algo além de pesquisas quantitativas e observação abertas, cheias de estereótipos de uma população variada país afora. É preciso abandonar o anti-intelectualismo e o medo da ciência e largar de mão dogmas pseudocientíficos e filosóficos que por vezes travam e são atualizados até mesmo dentro das tradição ideológicas por outras formas de abordagem do real. 


É preciso para nossas relações políticas irmos além do aparato e arcabouço puramente ideológico e acrescentar a ele o que se produz como ciência. Dessa forma talvez tenhamos menos comunistas com elitismo cultura ou machistas. Talvez com isso tenhamos menso comunistas que tem um belo discurso, mas reproduzem os mesmos preconceitos culturais, de gênero e raça que dizem combater.


Não precisamos gostar de funk ou de ruas apertadas ou de pagode ruim, ou de letras de música dizendo que a mulher tem de chupar pirocas pras entender que isso é sim culturas e é tão legítima e válida quanto Chico Buarque. E é preciso menos moralismo cultural, menos rotulação sobre como deve ou nãos e comportar o diferente.

Muitas vezes lemos que o que diz a Tati Quebra Barraco é reforço no machismo, mas é mesmo? Lá no ambiente onde foi construído grito da Tati é reforço ao machismo ou ofende o machismo local? Aposto na segunda opção. A mulher dizer claramente que faz sexo como quer e não é vagabunda é como queimar sutiãs naquele ambiente. Podemos discutir o quanto isso na nossa concepção de comportamento é reprodução e nessa viagem inter grupos sociais como o conceito exposto pela Tati é por nós entendido, mas antes de usar esse entendimento para explicar universalmente o significado da música convém ir lá e ver in loco como essa música funciona na cabeça de quem fez e de quem ouve primeiramente, antes da viagem da favela pras boites da zona sul carioca.

Comunista que chama funk de sub música tá numa redoma, e pior, reproduz um preconceito que diz que música é apenas uma música aprovada pelas classes dominantes, cujo gosto foi assumindo pelas classes médias. No início do século XX essa sub música, também originada fora do país, era o samba. Nas décadas de 1950 a 1970, iniciozinho, essa sub música era o rock.

Da mesma forma é preciso ações de conquista de diálogo horizontal como uma juventude que anda por ai doida por um 15-M tupiniquim. E acredito que do mesmo jeito da relação com o “povo” é preciso entender que rapaziada é essa. É preciso entender que determinadas construções da forma partido cuja horizontalização e trajetória das discussões e processos decisórios é interrompida são o fim da picada pra uma multidão de pessoas que estão expostas à fragmentação da comunicação n cotidiano chamada Internet. E essa fragmentação não é quebra, é diversidade, é polifonia, a ideia de síntese, cujas discussões determinam um ponto de convergência pode estar sendo substituída na prática pela ideia de polifonia, onde todos os grupos e desejos se materializam na ação direta, onde não é preciso esperar a revolução pra discutir o problema de gênero, por exemplo.

Há problemas nas manifestação espontâneas de Madri ao Cairo, na primavera árabe e na rebeldia europeia? Claro, e esses problemas são menso da diversidade e mais da ausência de organicidade. Essa organicidade não significa que todos tem de empunhar a mesma bandeira, mas talvez da organização dessas diversas lutas no sentido de também derrubar o inimigo. Não necessariamente focar numa bandeira única, mas ampliar as lutas diversas, todas nas ruas, todas com solidariedade mútua e todos sufocando o inimigo numa batalha em várias frentes, mas ao mesmo tempo agora.

Para combater a crise da esquerda é preciso antes de mais nada entender o “público alvo”, depois entender que estamos em crise e perder o saudosismo da unidade perdida. A partir desses passos talvez tenhamos muito mais ganho do que estamos tendo e podemos enfrentar a ideia do estado à nossa frente, inimigo ainda, e também do governo que deve sim ser pressionado para a realização dos desejos desse “público”.

Com isso talvez a esquerda possa ir além do que está sendo feito. Um exemplo é a luta pelos 10% do PIB para a educação, fundamental, mas que para na luta por verbas e que pode e deve usar as mais diversas experiencias de esquerda para a educação, da “Escola do Aluno Caminhador” à “Escola Possível” de Miguel Arroyo, iniciativas que partiam da realidade do aluno para construir um processo educacional que minimizasse a violência da “socialização” via educação. Paulo Freire tá aí pra isso.

Será que a escola que queremos é só a escola com 10% do PIB pra educação? Como é o professor na escola que queremos? Como é o aluno? A educação já é um assunto tão periférico, cuja importância merecia aspas, pois fica mais no discurso do que na prática de entendimento crítico de seu papel, porque os profissionais da educação não levam pra rua o papo sobre a escola onde estudam os filhos da sociedade? Porque nós os lutadores não vamos pra rua pressionando a sociedade a entender o que ela está fazendo apoiando bravamente a luta de bombeiros e ignorando a luta dos professores de seus filhos, que são tão massacrados e proletarizados quanto os vermelhinhos e tão vítimas quanto os alunos de uma escola que deforma, que humilha, que entedia e que destrói o indivíduo o tornando em geral um mero repetidor? Qual o medo e ir além do econômico e também repensar publicamente e em conjunto com a sociedade o próprio sistema de educação? Será que enfrentar o pai da criança, que foi aluno da mesma escola deformadora e por isso também tem uma péssima ideia do professor como inútil é tão difícil?

Além disso, que governo queremos para nós? É apenas um governo bacaninha que faz o “bem pro povo” ou é um governo que amplie a imersão do “povo” nos processos decisórios? Cadê a ideia do Orçamento participativo e sua adaptação para meios de interferência popular direta e embate político constante na sociedade que seja federal? E que estado queremos? É esse ai adaptado ou outro? O Outro mundo possível é um mundo velho com Botox?

Enfim, na busca pela solucionática acabei criando outras problemáticas e nem paro no ar que nem beija-flor.

Algumas sugestões estão ai e podemos sim avançar a partir delas, indo além do discurso, colocando o assunto à baila e na prática. Talvez com isso comecemos a disputar a hegemonia das consciências coma direita, sem levar luz, sem tentar pagar de “orientador”, mas debatendo e discutindo, colocando soluções práticas, debatendo soluções práticas, de baixo pra cima, à esquerda de quem entra.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Difamando Plinio de Arruda Sampaio. Governar Vale isso?

O Stanley Burburin é o pseudônimo de um dos maiores ativistas virtuais de apoio a Governo Dilma, fonte constante de Rodrigo Vianna e Azenha do VioMundo. Foi um dos destacados personagens na apuração de notícias, informações sigilosas e outras ações durante a campanha, sempre a favor de Dilma. Hoje atua na difamação da oposição de esquerda e sob o silencio omisso dos que se consideram "Blogueiros Progressistas". 


O Apoio ao Governo vale chegar a este nível de sujeira e omissão? E não me venham tratar o nobre autor como um tolo açodado, ele é e era considerado um dos luminares de inteligencia e perspicácia durante a campanha. Sabe o que está fazendo e muito bem! Sabe o alcance disso e que é inatingível, por anônimo.


Esse tipo de tática é normal e frequente no mundo politico, e infelizmente muito mais do que o desejável no mundo considerado de esquerda,é artimanha típica de facções autoritárias, especialmente Às identificadas com Stálin.  A tática funciona em várias fentes, mas uma delas é o de criar argumentos explosivos, mesmo que falsos, pra "combates" mais quentes, incendiados, onde o boato pode grassar e causar redução da capacidade de convencimento dos que se opõe a um projeto defendido pela facção Difamadora. É mais um movimento de chamamento à "tropa" inciado pelo Eduardo Guimarães e sua "PSOLização"  e depois seu apelo patético à luta contra Hitler (Ah a lei de Goldwin!) e que consiste em de alguma forma reanimar a "torcida" para a continuidade da defesa intransigente do Governo que defendem. A torcida pode estar bem cansada de continuar a defender um projeto que até agora não recuou ainda em poucas causas tidas com bandeiras de esquerda. Quando o argumento da paciência com o governo falha (paciência de monge tibetano depois de quase dez anos de paciência)  é preciso apelar para a defesa do projeto a qualquer custo, para que toda a discussão "polêmica" seja feita fora dos holofotes críticos do mundo mau e "irresponsável".

O grau de queda de nível e uso de argumentos abaixo da linha da cintura é surpreendente pela especialidade do revelar novos fundos de um poço sem fundo, chego a cogitar substituir a Petrobrás na exploração do Pré-Sal por Blogueiros Progressistas e suas fontes anonimas. 

A questão é Governar vale isso? Claro que a questão não é pra Stanley e Eduardo, cujo apelo à argumentos abaixo do mínimo de respeito às pessoas e à inteligencia alheia causam certas dúvidas que vão da sanidade ao interesse desta defesa tão feérica, mas pra quem ainda se considera desde honesto a de esquerda e que por algum problema ou de cognição ou excesso de fé ainda permanece brandindo sua bucólica, rasgada e pisada bandeira de uma esquerda cada vez mais abandonada pelo governo que apoia. Governar vale isso? 

Em nome da paciência com o governo o afastamento da base de esquerda do governo das bandeiras fundamentais da esquerda ou do grau minimo de honestidade no tratamento das criticas aos recuos do governo leva a um paulatino afastamento da esquerda como um todo, ou vocês acham mesmo que a esquerda não ligada ao PT e ao Governo ainda permaneça fofa e "paciente"? Existem monges tibetanos de esquerda? Nunca vi um. 

E tudo isso parece também uma resposta ao que consideram uma difamação de Palocci, isso não se pode ignorar. A Esquerda do PT está do lado de Palocci?

Governar vale a cada dia queimar mais pontes? Vale a cada dia mentir, urinar sobre a biografia de lutadores, mesmo que os mais equivocados deles? Plinio de Arruda jamais apoiou a ditadura, foi cassado por ela, e isso é algo que deveria ser respeitado, ainda mais pra apoiadores de um governo que se propõe de esquerda. O que faz essa base do governo, e sim dona esquerda do PT com sua cumplicidade, é rasgar completamente qualquer possibilidade de diálogo com quem não apoia o governo, mas está em lutas que porventura 
parte da esquerda aniquilada do PT está.


Não vi Burburinhos ou Eduardos Guimarães nas ruas do Rio de Janeiro apoiando a mais que justa reivindicação dos Bombeiros,inclusive boa parte parte dos tais "Blogueiros Progressistas" manteve um silencio omisso que foi quase ensurdecedor, e com Eduardo Guimarães em sua cabeça de ponte de silencio e omissão (Se quiser confirmar procure em AbrilMaio  e Junho se ele cita a luta dos Bombeiros). Vi gente do PT na rua, mas não li a maioria dos "Progressistas" falando algo sobre a luta. Será porque Cabral é aliado carnal do Governo? Pode ser maldade minha e se for me desculpem, mas é estranho, não? Não é estranho o silencio com relação à lutas importantes e apoiadas até por Clarissas Garotinhos e o próprio Pt do Governo Dilma, mas essa súbita tagarelice pra difamar um lutador? Será que por ele ser só do PSOL? Então a luta partidária pode ter como arma a difamação e é mais importante do que as demandas da sociedade?


Governar vale isso?

Governar vale isso? Vale difamar um homem honrado que discorda do Governo, fundou o PT, foi candidato pelo PT e membro até 2005 sendo um destacado homem de sua esquerda? 


Governar vale isso? Pelo jeito vale. 

sábado, 11 de junho de 2011

A Esquerda no SOS Bombeiros

 Na Quinta-Feira dia 08 de Junho fui até a ALERJ me solidarizar com o movimento dos Bombeiros.A manifestação é o que tem de mais popular, com um espectro ideológico que vai de Bolsonaro a PSTU.
  Estar neste tipo de movimento, sem nojinho de povo e de suas posições nem sempre avançadas, que por vezes ecoam Bolsonaros, é fundamental pra esquerda tomar vergonha no focinho e sair do Facebook e Twitter e fazer alguma coisa, e isto vale também pra este que vos escreve.
 O movimento de apoio aos Bombeiros teve eco em toda sociedade e gerou o primeiro recuo político de Cabral desde que eleito pela primeira vez para governador, ao menos o primeiro recuo levado a cabo por um movimento popular. O esforço de disciplinados homens e mulheres da categoria, que se orgulham de sua disciplina e esforço na honradez de suas carreiras de salvadores e Heróis, como se autoproclamam e dificilmente alguém na sociedade iria discordar, em superar a hierarquia para exigir respeito profissional e salário digno era nítido. Não se pode ignorar o que representa de possibilidades a união de categorias militares numa reivindicação de melhoria para a categoria. Ou seja, a corda do arrocho tá tão esticada que uma galera que nunca cogita ir pra rua e sair da camisa de força que a disciplina militar os prende tá indo pra rua e brigando.
 A presença da PM em apoio a seus companheiros Bombeiros é mais que um sinal, por isso a presença sui generis no palanque, da direitaça à esquerda, porque toda a sociedade foi atingida por isso. A recusa de membros do batalhão de choque e até da tropa de elite do Governador, a guarda pretoriana de Cabral, o BOPE  em participar doo teatro de repressão da sexta 04 de Maio, quando o quartel central foi ocupado pelos Bombeiros e invadido pela truculência do BOPE sob ordens do Ditador Cabral, é um sina de que nem tudo são flores sob o manto de Beltrame.

São vários os sinais da Movimento, sinais e caminhos deixados para serem lidos e apontar direções e ações.    Em primeiro lugar que há no ar um sinal de que as categorias não estão mais afim de cair no lero lero de desenvolvimento onde o cofrinho da rapaziada ganha pouquinho enquanto outros cofres abarrotam de moedas. O povo tá meio cansado de ganhar migalha e a manifestação dos bombeiros não é a única que exige mais grana, mais salário e mais estrutura, tá aí a  greve na Volks pra gente prestar atenção. 

Outro sinal interessante é a quebra da paz dos cemitérios da segurança pública e da imagem do Governador Bossa Nova, justo e cheiroso, que consegue com a segunda maior economia do País pagar menos que Alagoas a seus soldados. A recusa de parte da polícia militar em executar ordens do Cabral Junior, o filho do homem que acha que o funk é criação da CIA, não é brinquedo não e tem de ser analisada com cuidado e explorada pela resistência a este projeto de Estado e Cidade Olímpica que é muito fofo pra empreiteiras, mas nada pra moradores removidos, soldados e bombeiros que recebem menos que migalhas, sendo que alguns deles ainda são antipáticos à população obedecendo ordens dos políticos "empreiteiros", que não ganham só R$ 950,00, e olha que to falando só de salário. O apoio popular e a adesão de professores ao movimento é sintomático de que o saco encheu e que a pergunta no ar é: Que estado rico e "olímpico" é esse que paga tão mal a seus policiais, bombeiros e professores? E que governo é este que propagandeia um estado e cidade que só existem pro COI, mas que pra seus funcionários e moradores removidos ou são migalhas ou a borracha da repressão, sem contar que quem repreende ganha tão mal quanto o reprimido?

Se os Heróis são tratados na borracha, imagina o lombo do povo,né? E é de se notar a oportunidade de discutir com quem dá a borrachada do governador, que contesta suas ordens por percebe-las absurdas, quando são soldados os alvos delas. Será que não é hora de abrir diálogo pra que eles percebam que do outro lado as passeatas são estudantes e profissionais, trabalhadores, que como eles são reprimidos por exigirem melhores condições de trabalho e salário ou verbas pra melhoria da escola?

A oportunidade aberta para a esquerda é imensa, ou a gente se ocupa de conversar com esse povo ou o diálogo vai se na linha do Bolsonaro.A direita não questiona o direito de greve que os Bombeiros tem, e querem que eles ganhem pra derrotar Cabral e depois voltem com os PMs à vida normal de obediência. 

E o que nós queremos? Ensiná-los ou conversar e apontar as contradições que eles mesmos tem com relação a nós ou aos professores que hoje apoiam tanto a polícia quanto aos heróis bombeiros? 


A oportunidades de apontar como são iguais os professores e os  Bombeiros nas suas necessidades e em como são tratados os trabalhadores pelos governos e patrões é de ouro. A oportunidade  de mostrar pro PM que ele bate na gente da mesma forma que bateria no Bombeiro, que as ordens são as mesmas e as reivindicações são tão justas tanto, que ele é um trabalhador que é preso, reprimido, mal pago e obedece a ordem de quem mal paga, oprime, rouba, como patrões e governadores é mais que de ouro, é uma brecha tão grande que não tem valor nem mesmo metafórico a ser colocado.

É hora da esquerda ir além dos deputados  e influencia,r abrir papo, conversar, abrir amizade com militares, aproveitar que mais categorias aprovam e apoiam este movimento e aumentar sua influencia, sair do rame rame de briga fratricida, e ganhar essa gente, ou amanhã apanharemos de novo de quem chamamos companheiros e seremos ignorados por outros valorosos trabalhadores que continuarão votando em Bolsonaro.

PS: A turma do PSOL parecia um exército de Brancaleone que ninguém sabia quem que era por falta de identificação. Se bandeiras, sem panfleto, sei lá. Nego demora demais pra escrever, e isos sem instancia, sem nucleo pra discutir,etc.. A Executiva é rápida quando não precisa, quando teria que ouvir núcleos,etc, mas é lerda pra cacete pra encarar a tarefa de responder publicamente sobre uma movimento, coisa que só foi feita na prática na terça-feira. E pra quem não escuta núcleo ou faz plenária ao menos comprem bandeiras, camisas, panfletos pra vender e a gente comprar e mostrar a pomba do partido fora das eleições,né?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

As cheer leaders, o Boi de Piranha e o THC de FHC

Existem épocas estranhas na vida que parecem brincar com o conceito Marxista da História como farsa. As novidades do Governopetismo Lulo Dilmista, categoria que cresce tanto quanto a família do Romário, nos levam a reformar a categoria de cheer leader e de brizolismo, transformando-a em uma paródia esquisitona capitaneada por lideranças antigamente críticas que hoje brincam com nossa inteligencia e com a própria dignidade pra justificar como atos de esquerda atos injustificáveis. Como dizem a talentosa Niara e a primorosa Luka: Dá mais não, Tio! Respeito pra dedéu negozinho apoiar até transa do capeta com a mãe em nome do projeto particular, coletivo ou extraterrestre de poder, dane-se, cada um sabe o fiofó que tem, mas quebra essa e não me chama de mané com argumentos abaixo da linha da cintura, beleza brou?

Tamos aqui no virtualíssmo e  mundano mundinho (deu rima) da Ternete, a rede social com nome de empregada de novela do Manoel Carlos, e chega um líder de torcida do Governopetismo lulo-dilmista mandando na lata, sem vaselina , sem vergonha e com muita sensualidade banhada em óleo de peroba que "Dilma vetou o Kit Antihomofobia pra sacrificar um peão menor em nome da aprovação do PLC 122". Tamos aí pra rir da parada em nome da recém inaugurada carreira de humorismo do nobre ator. Todo mundo citado no texto e mais dez minutos de gente já explicou que não dá pra fazer essa jogadas porque nem trocador cego troca dez real por nota de 50, quanto mais pastor, que tem terceiro olho com microscópio em se tratando de poder e dinheiro, beleza? Deu pra entender sem repetir os nobres coleguinhas que se nego veta o kit-antihomofobia, popularizado pela imprensa porca como "kit gay", pra pagar pelo apoio dado pela pastorada infante e brejeira pra Dona Dilmônica  na eleição, magina com um projeto que enfiará de alguma maneira vários coleguinhas brejeiros no sensual mundo do xilindró por crime de ódio,né? Sou da esquerda cachorro louco de partido pequeno, mas sou limpinho, tio! Perdi, mas não esculacha!

Tamos aí pra ajudar à rapaziada a entender qual é a parada, qual é o pó, da atitude pouco respeitosa com a  própria e a nossa inteligencia vinda de figuras públicas, atorais, blogueiras e só virtuais mesmo. A questão é que negozinho apoia sem nem querer saber e pra animar a pobre militância jogada diariamente pra casa do famosíssimo caralho pela cópula do PT e seu Governo Dilmático, militância esta que paga com o saco e os famosíssimos ouvidos de penico pela traquinagem brejeira da governabilidade libidinosa, dá saltos mortais escarpados na maior nice, sem sombra de medo, vergonha ou respeito próprio. A rapaziada apoia com amor, com raça, com coragem, com uma pá de coisas mal explicadas, mal entendidas, mal sabidas e mal contadas. 

Esse apoio irracional, que não rima lé com cré, despreza e bundaliza a política em nome de qualquer merda de argumento que se tenha à mão, não é um apoio à toa, principalmente dessas figuras públicas,quase púbicas, é uma ação clara, inteligente, de exposição das Cheers leaders que animam a rapaziada que tava ali orfã e que começa a repetir que nem papagaio que este governo é de "esquerda", mesmo mandando a floresta pra casa do pai do caralho, mesmo mandando a militância LGBTT e seus combativos parlamentares tirarem fichas de imbecis e/ou oportunistas vetando ponto a ponto suas bandeiras, assim que suas líderes começam a popularizar o discurso rasteiro. Pra chamar a oposição de esquerda de radical e irrelevante é dez minutos, mas antes eles dizem que é tudo a PIG e pra pegar o Palocci.

Falando no Boi de Piranha mais caro do mundo, tamos aí pra tentar entender mais uma vez outra ação das líderes de torcida:  Qualé essa de tentar desviar as cagadas do governo e  do próprio boizinho dizendo que o moralismo jornalístico do PIG é de ocasião? Isso é mais velho e conhecido que cara de bebê parecer com joelho. As cagadas do Palocci serem ocultadas pelo governo e pela militância sob esta capa de comparação com ladrões tucanos não levam em conta o motivo do escândalo de um cara do governo "De esquerda" do PT ser chamado,de novo,de ladrão. O PSDB é ladrão? Foda-se, o PSDB nunca foi referencia de esquerda, socialismo e  ética e tá mais mal explicada que batom na cueca essa do cara ficar rico em um ano.Triste é ver Rodrigo Viana entrando nessa e ajudando na esculhambação da política como uma imundície coletiva, como a Folha adora fazer e faz muito bem cuidando do interesse de quem cuida.

A questão do Palocci é mais uma e já tratei aqui, o que emputece é o ato duplo de tanto negar que tem coelho no mato do Palocci quanto usá-lo pra justificar os vetos do kit antihomofobia e a aprovação do código florestal como pagamento da salvação do Palocci. Cês tão me chamando de otário de novo, né seus safadinhos? O Palocci se salva na citação nominal de ex-safadinhos que nem ele e na chantagem do próprio governo com os "moralistas" da oposição. Os próprios jornais pegam mais leve com ele do que pegaram com a Erenice, e de boa, até quando a casa civil vai ser ocupada por negozinho que lucra de alguma forma?

Mas a questão aqui é usar o Palocci como boi de piranha pra ocultar que o pagamento da dívida com a bancada da fé e com o ruralismo foi feito porque a dívida foi feita lá atrás, com carta aos evangélicos e o cacete, e nela é claro o indício que nego vai vetar o PLC 122. sem contar que Dilma usou muito bem o o "opção sexual" pra sinalizar a quem é de direito qual vai ser a do governo. Ela sabe bem as diferença entre este termo e o certo, como novamente mandou na gaveta dona Niara. A questão do Palocci nem rela na bagaça, nem rela, Palocci é uma questão de outra linha de manter o governo na mão, seguindo uma linha de operação, é uma outra chantagem, mas não é a que paga o código florestal e o veto do kit.

Então poupem a gente de pagarmos com nossa inteligencia o caso Palocci como pai dos vetos, porque não cola. E tem mais, nos poupem da hierarquização de Palocci com relação ao código, se Palocci é mais importante que o código florestal e Palocci é lula cês venderam o Lula errado pra população e venderam um estelionato eleitoral, parafraseando o Jean Willys (que foi chamado de oportunista pela claque Governopetista), vestindo um operador lobista de papai noel de Garanhuns.

E enquanto a banda toca no Gran Circo Estrela Vermelha, FHC aparece no Fantástico e lança a defesa da descriminalização da maconha, repito, da descriminalização da maconha. Tratado como idiota por metade mais um da inteligentsia governo petista líder de torcida, FHC ontme foi responsável não só por uma pesquisa televisiva da Globo, repito, da Globo onde a descriminalização ganhou por 57% dos votos, mas pelo bafafá contemporâneo de nego comprar cebola como se fosse batata, e on line.
Primeiro porque a rapeize fechou com o FHC direto, sem parar pra pensar no que defende , a legalização das drogas, e no que ouviu, a descriminalização da maconha. Segundo porque uma parte da reapeize descolada partiu pro apoio porque o cara foi "maneiro", sem notar que o que ele defende ainda é o conservador término de crime pro usuário, mas manutenção do proibicionismo pra passar o rodo na rapaziada e manter o comércio como crime, ou seja, libera o fumante da maconha, e só da maconha, de ser criminoso, mas mantém proibido o comércio que continuará nas regiões mais pobres e sendo reprimido duramente pela polícia. Sacaram? Que se safa é a rapeize que fuma um pela aí, a maioria, aposto, nos apês mais burgueses. O cara que volta pra casa e vê a favela tomada, tiro comendo, continua nessa, a não ser que more na área de UPP, minoria.O terceiro e mais importante foi a incapacidade de negozinho perceber o que tá rolando há anos: Nas margens dos recuos do PT a direita tá entrando de sola em bandeiras antes defendidas pela esquerda e as tornando outras bandeiras, dentro dos marcos liberais e mais recuadas do que as nossas, ocupando espaços da esquerda e pavimentando uma vitória do conservadorismo à véra mais na frente. E aí depois dessa tu vê a maioria da claque, da Torcida Organizada Vermelhões da Fiel manda que "Cada um lança o perfume que tem à mão, mesmo os mais fracos, logo o PT lançará o seu e ninguém sentirá o do Tucano". 

Fico aqui pensando se nego é burro, é lerdo, tá de sacanagem, tirou os óculos pra ir ali ou só embarcou no triunfalismo neo-brizoleiro e paga com o couro mais tarde.

Enquanto a claque que tinha, ou tem, nego de esquerda e com numero relevante e que poderia ocupar o espaço deixado vago pela notória guinada conservadora e definitiva do PT pra um centro cada vez mais direita, faz a festa do malabarismo verbal, da utopia palocista, do bullying com a oposição de esquerda e da negação peremptória de cagadas, a direita tá aí usando gente nada burra como aríete pra abrir a porta de gente de classe média, que votava na esquerda, mas que compra qualquer descriminalização de maconha, abraço na lagoa e fim do desmate da floresta da Tijuca como consolo pro fim da moralidade. 

Parte da esquerda não vê ou não quer ver isso, talvez porque se console com elogios do Bolsonaro.


PS: Neste dia fofo às 20:00 mais ou menos surge a notícia do fim do
PNBL.. tá ficando bão.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hoje foi o Kit anti-homofobia....

Hoje foi o Kit anti-homofobia....

Nestes dias de mais recuos, muitos mais do que o Governo Lula fez e em espaço de tempo muito mais curto, o obscurantismo e a devastação do ambiente sendo dados em troca da salvação de um canalha são uma marca de difícil raiconalização. 

É, a gente fica anos e anos numa luta inglória, e em refluxo de movimentos, contra tanta coisa e vê a destruição de um marco da esquerda ser orquestrada e construída ano a ano e com uma claque de estúpidos, inocentes ou interessados fingindo que tudo isso é em nome de um bem maior. Isso não revolta ou dá nojo apenas, choca. Só não imobiliza, não causa desesperança, porque a única coisa que temos além de braços é esperança, é uma colossal vontade de mudar as coisas que não se vende por nada, nem mesmo a  defesa irracional de projeto cujo único pragmatismo é o recuo. 

Hoje foi o kit anti-homofobia.. depois dos assassinatos que serão culpa de queda de encostas agora há sangue nas mãos deste partido e governo, sangue homossexual.

Podem chamar de chantagem,de incomodo, de burrice, é do jogo. Tô cansado de pesar palavras, movimentos porque gente que foi minha companheira resolveu ser cúmplice do escárnio com uma ideologia inteira, o assassinato de homossexuais, a derrubada de florestas, a opressão a indígenas, entre outras tantas barbaridades em cuja luta contra  formei o eixo de minha construção pessoal, de minha construção ideológica, intelectual e emocional. Tô cansado de ouvir, desde antes do governo atual, "Aos nossos filhos" esperando uma mudança e quando a possibilidade vem ela se transforma nesta destruição não só de um programa, de bandeiras, mas da fé de gerações inteiras.

Vi durante e depois das eleições Plinio de Arruda Sampaio ser alvo de escárnio, e pra que hoje a maioria do que ele disse se transformaram numa assustadora realidade. Não se respeitou um quadro, respeito esse que deve haver mesmo quando ele se equivoca, mas se respeita gente que estupra o código florestal e o kit anti-homofobia pra salvar um ministro? Ministro esse que ainda por cima é operador do mercado financeiro? Vão se catar.

Uma amiga ligada em Tarot escreveu que hoje pé o dia do 3 de copas, dia de celebrações, mas a única celebração que tenho hoje é estar vivo, ter ouvidos pra ouvir boa música e saber que ainda existe uma raiz tão forte, cujo sangue luso com origens no oriente médio faz siciliano parecer manso,´pra me manter pra outras futuras porradas.

Hoje eu tenho de escrever pra uma sociedade injusta, que ganhou companhia de ex-companheiros de luta, que o único homossexual que me incomoda é o assassinado. Hoje eu tenho de escrever que a única floresta que me incomoda é a derrubada. Hoje mais um capítulo da luta e da trajetória de traições do avanço da sociedade foi escrito, com sangue de gente morta em queda de encostas e de homossexuais surrados.

E esse rei nunca cai.




PS, ouçam isso porque os dias se parecem:

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Malabarismo Surrealista, mas pode chamar de defesa do Palocci

A defesa de Antonio Palocci por parte do Governismo "Pra Frente Brasil" é um primor de malabarismo político que lembra o surrealismo na distorção do real e na irracionalidade como mote de uma obra nada plástica. o Enriquecimento do cabra é tratado como heroísmo e as denuncias são tratadas como golpe midiático que deve ser destruído. H´pa uam confusão deliberada e objetiva que inclu um ódio às manipulações da mídia e um uso descarado do medo de Tucanos como álibi que no fim das contas tem até sucesso ao esconder o óbvio: Mesmo a mídia usando o enriquecimento súbito de Palocci de forma cínica isso não torna  o "sucesso" do Ministro chefe da Casa Civil como algo bacana e heróico, apenas um nítido desvio ético que se não é ilegal é imoral, além de ser.lamentável.

O direito à ilusão é constitucional, o direito à flexibilidade ética idem, mas tratar as pessoas como idiota é além de indelicado uma bomba de efeito curto  nada eficiente, porque fatalmente em dado momento as pessoas pensam, e aí vai ficando cada vez mais difícil a defesa inglória de cada cagada governista usando o medo ou uma imprensa golpista que não era problemática quando a mandatária mor foi fazer omelete,né?

Tudo o que o Governo faz é tratado com um bumbo do tamanho do Evereste, mas suas cagadas ou são golpe de uma tal de PIG que significa tanto "Partido da Imprensa Golpista" quanto "Partido da Imprensa Governista", esta última adorando ser uma claque blogueira acrítica de com uma cara de pau que assusta. É acerto? É Governo, é Pt, é nóis! é cagada? é PIG, é o PMDB é a direita!

Seria interessante que essa esquerda "responsável", "Relevante" e "lutadora" começasse a se mexer pra fazer a tal tensionada à esquerda que propagandeia ao invés de culpár os tucanso pelo enriquecimento do Ministro e de defender essa nítida cafajestada como se fosse uma manipulação da mídia quando no máximo é o uso por parte da mídia Omeleteira de um episódio pra lá de questionável de enriquecimento usando a influencia que se tinha e tem no governo.

E este Governo Rico, que dá o código florestal pra salvar a alma do Ministro Rico e que aprova Belo Monte a qualquer custo não pode ser tirado da conta do "cara" e nem do PT, partido que tá brincando com a paciência alheia ao se dizer de esquerda patrocinando estas constantes cagadas e ataques à todo e qualquer programa e bandeira sequer semelhante à uma esquerda moderada, nem tão radical assim, Se este governo é de esquerda, comandado por um partido de esquerda, tá na hora de parar de babar o ovo da "Mamãe" e de defender calhordas operadores do mercado e atacar esses desvios constantes não só éticos, mas políticos que rumam pra uma tucanagem do cacete. Se querem defender é melhor ou deixarem de s colocar como "populares e democráticos' e assumir logo a defesa da máquina pra manutenção das carreiras de seus burocratas e largarem essa hipocrisia chula que despreza nossa inteligencia.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A novilingua governista

Tem horas que o sagrado direito à democracia é interrompido pela presença da democracia parcial, aquela cujos militantes com fé demais acreditam que critica isenta é a feita por eles, e todas as demais são ataques pessoais. O neo-esquerdismo de esquerda inventou a novilingua onde chamar um texto de imbecil é estender o conceito à autoria, mas chamar um partido de patético é crítica isenta, até porque o partido não são as pessoas, um texto é. Claro que quem acha isso é um individuo fofo e cheio de boas intenções, mas um membro da classe que não participa da construção de absolutamente nada coletivo e nem entende o funcionamento de partidos, mesmo estes  ditos de esquerda com muitas aspas pelos neo-esquerdistas do governismo.

 Nas discussões sobre o mínimo a fofura acha que isso aqui é uma crítica: "O PSOL não chega a ser contraditório nem hipócrita, só ridículo. É evidente que quanto maior o salário mínimo, melhor seria. Acredito que ninguém negue isso. Mas propor aumento para R$ 700 é irresponsável. É a tal da oposição pela oposição.".  Mesmo o PSOL colocando aqui toda sua proposta, sem tira rnem por colocando tudo o que exige a autora. Por propor o aumento de R$ 700, baseando-se em uma proposta clara o partido é "um partido fraco e ridículo"  porque é "uma esquerda sofista que valoriza mais o discurso do que resultado prático mal pode ser chamada de esquerda".

No meio do texto a autora ainda diz que ó que importa é mostrar "uma diretriz que lhe permitisse governar e implementar as mudanças", mas ignora que o PSOL aponta isso, ou seja, além de reduzir política a governar acha que governar é só seguir uma diretriz x determinada por um governo que adota postura y, fugir de dirtrizes deste govenro é ser ridiculo enão ser de esquerda. 

Já Determinar que o binomio corte de custos e aumento de juros é arma administrativa efetiva, em um retorno da política economica de Palocci, alterada futuramente por Mantega que com isso fez-se a mãe da imensa recuperação do Brasil na crise,  é o máximo da política de esquerda e salvaguarda avanços.

 Ou  fiquei maluco ou eu vejo que o povo pra apoiar o govenro deixa o senso crítico, ideológico e o cacete a quatro em casa e nem se preocupa com a  honestidade intelectual de ao menos ler a proposta dos demais e as taxa já como "irresponsável", num misto de governismo fundamentalista ocm saudade da Heloisa Helena, porque cai do cavalo diante da proposta dos partidos com inicio, meio e fim, base de recursos apontada,etc.. Ou seja, não soube o que fazer com isso e partiu pro pau, mas decretando que peu nela é ataque pessoal, em nós é crítica isenta.

 Não sou exatamente o mais fofo dos embatedores, tenho pouca paciencia com sofismas, mentiras e viedeotapes, não acho que partidos são monolítos, nem acho que eles não mereçam críticas,mas acho sim que merecem respeito, principalmente quando se dão ao respeito e abdicam da oposição imbecil e partem pra uma oposiçao propositiva e sim, eficiente na demarcação e tensionamento do governo à esquerda. Cresci em um Pt milhões de vezes mais radical que o mais radical PSOL, fazendo oposição com muito mais ferocidade, mas lá aprendi também a necessidade de respeitar adversários, de dialogar e de propor. O que  vi é que novo PT quer a parte do ataque, mas não quer a do lombo doendo, a da vidraça, principalmente quando foge à suas propostas da eleição e até a seu programa.

E a novilingua do novo PT matou a palavra crítica, a trocou para elogio construtivo. A proposta do PSOL para o mínimo o colcoa como arma de distribuição de renda, e isso virou patético, irresponsável. O Corte de custos com fim de concursos (Promessa de palanque da candidata Dilma, que a novilingua já esqueceu), ao apontamento de desconstrução da política de Gil e Juca no MINC e o aumento do mínimo sem recuperação de seu valor são propostas fodaças de esquerda e que são avanços. 

O estranho é que na década de 90 o PSDB tinha estas políticas e elas não eram avaços, e o PT naquela época nem propunha por escrito a metodologia de aumento do mínimo com origem de recursos, apenas propunha o aumento.,

 Como escrevi outro dia e posso repetir tá na hora dessa galera ou assumir mudança de posição política e o preço pelo tom de seus textos ou melhorar o nível de análise do governo que apoiam. Quando eu começo a concordar com muitos apoiadores de primeira hora de Dilma e eu continuo radical e mau, então algo está errado e alguns fofos perderam o trem ou queimaram barcos, pontos e esqueceram como voltar..

 O direito à critica e a democracia  estão aí, mas todos eles tme o preço do interlocutor responder e quando se  arrisca a dizer que propostas são ridiculas, recomenda o bom senso lê-las e ao assumir posturas políticas públicas assume-se o preço da oposição. A incompetencia do DEMSB acostumarma a neo-esquerda da novilingua governista ao pau puro, a histeria anterior do PSOL ajudava, mas hoje isso mudou e pelo jeito a fofura não curtiu muito e deu chilique.

Querem seguir a política do Palocci? Vão na fé, mas assumam o pau por isso, patético é desqualificar a oposição porque vocês fazem merda.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A sabedoria do pragmatismo oba-oba

 Todo governo precisa ser pragmático, partidos idem, mas pragmatismo não necessariamente rima com a abertura de concessões tão amplas que transforme opções políticas em prazer, em gostar e as oposições a estas opções políticas em asnos.

 A eleição, mais uma vez, de Sarney para a presidência da câmara aponta diversos elementos que precisam ser olhados, e ,pra quem é de esquerda, lamentados.  A questão da corrupção é a meu ver terciária na bagaça, não por desimportante, mas por ser menor do que diversos problemas que o oba-oba da fanfarra do "melhor governo da história deste país" não faz questão nenhuma de prestar atenção. Pra fanfarra que todo avanço oculta os recuos, ao menos na ótica deles, pra quem tem a casa removida de lugar, sofre o resultado de uma política ambiental e de alianças que mistura Actívia com JohnnyWalker  pra população pobre, pra quem é atingido pelo mega-negócio dos mega-eventos esportivos, pra esse povo todo o "Melhor Governo da História deste país" tem limites e estes limites rimam com eleições de Sarney, mudanças em códigos florestais, licenças pra Belo Monte, e por aí vai.

 Todos os avanços do governo Lula continham o germe da política de aliança, dos limites do governo de coalizão e tinham como contra partida políticas danosas pro meio-ambiente, submissas ao mercado imobiliário e à medidas políticas que favoreciam negócios escusos relacionados à Copa e Olimpíada, sem falar em política de juros,etc. A alegação dos apoiadores era da necessidade de concessões para a construção dos avanços, argumento louvável se ignorarmos que a cada avanço  víamos recuos em vários momentos em assuntos cuja defesa era parte de bandeiras democráticas como a defesa da legalização do aborto, democratização das comunicações, abertura de arquivos da ditadura  e luta anti-homofobia. Sem contar com parte da base do governo apoiando mudanças no código Florestal, licenças do  Ibama a monstros criminosos como Belo Monte e CSA, coisas que levavam ao Governo a ter excepcional resultado na redução da miséria, ampliação do ensino superior, entre outros avanços, mas um número igual de recuos e ações que ampliavam a transformação do país pelo mais nefasto aspecto do desenvolvimentismo.

 Com a destruição ambiental ampliando os efeitos de problemas naturais, talvez se pensasse mais na ampliação de uma crítica positiva por parte dos apoiadores do governo às suas ações, mas qual o que? a aceitação do modelo de entregar, anéis, dedos, seriedade, em nome de metade do possível e transformação de todo o que discordar e resistir ao pensamento único ufanista de "revolucionário de sofá" ou imbecilidades históricas como "Onde estavam os fora Sarney quando ele anteriormente foi presidente do  Senado em 95-97?" que desconsidera que o PT fazia oposição até mais virulenta a FHC e a Sarney na época, centrando no entanto fogo no presidente da república, no entanto.

 Talvez o pragmatismo do oba-oba ache bacana dar bolsa-família pro cara e tirar a casa dele e mandá-lo por mais afastado bairro da cidade, mesmo ele morando em um bairro de subúrbio sem riscos pra ele, mas infelizmente no caminho do "progresso" da Copa. Talvez seja hype "zoar" a oposição enquanto o Jobim espiona pro governo estadunidense e é recompensado com a manutenção do cargo, ou a Ana de Hollanda assinala com mudanças no Minc que destroem o trabalho anterior no compartilhamento de produção cultural. Talvez mais ainda seja bacana e divertido achar interessante que o congresso eleja Sarney com semi unanimidade e que o comentário do isolamento do PSOL seja visto como positivo pra um govenro cada vez mais cercado de bolsonaros, cujo congresso tem cada vez menos defensores de direitos humanos, de trabalhadores, sindicatos, estudantes, ambientalistas e mais e mais membros do Agro-business, Empresários, conservadores e membros de lobbys anti-aborto e anti-homofobia (Que me desculpem os homossexuais que fazem parte deste oba-oba, mas burrice devia ser crime!).

 Agora, pra quem está numa luta pela ampliação de um pensamento de esquerda, socialista, libertário e que mude as coisas, legalizando o aborto, as drogas, amplie a luta anti homofobia e pelo fim da opressão de gênero, o quadro é assustador. E não só pelo crescimento de um convervadorismo político na sociedade, como em seus representantes, mas por parte dos quadros ditos "amigos" ter se convertido em uma claque acrítica que até ver Sarney ser apoiado pelo PT no Maranhão é do jogo, em nome de um jogo que acreditam estar vencendo, enquanto ignoram que parecem mais se juntando ao time com quem jogavam contra antes.

 Este oba-oba hype e fofo, adolescente até, acerta quando reclama do moralismo udenista de parte da esquerda, que centra esforços na luta anti corrupção ignorando uma porrada de coisas mais graves e muito mais importantes, como as remoções dos mega-eventos, como as da vila-taboinha e campinho no Rio, da Comunidade do Trilho no Ceará (Valeu João Alfredo!), mas caga no pau quando assume que toda oposição é lixo porque o Sarney é "necessário".  

 Sarney não deixou de ser nefasto pro apoiar o Governo Lulilma, pode até ser útil, mas confesso que minha inocencia não acha que ele seja mais útil ao govenro do que o governo a ele.  Aceitar a idéia do Sarney como necessário já exige demais do ser humano, mas é até aceitável pra quem optou por este tipo de prática. Gostar? Gostar é algo que me parece exagero, mas cada vez mais comum, porque o resultado imediato é o que importa. 
 Além disso, é necessário algum tipo de marcação de posição, ou vocês acham mesmo que essa correlação de forças cada vez mais conservadora será eternamente dócil aos "avanços"? claro que não. 

 A candidatura do PSOL ao Senado  e à Câmara é necessária, seu erro é ser a única bandeira pública e enfática do partido, além de ser centrada na luta anti corrupção. Mas a candidatura é a única forma de demonstração da existencia de algum tipo de caminho que não seja a aceitação eterna de mais e mais pedaços de avanço enquanto a onda do recuos e forma no horizonte. Porque em política nada é eterno, ao menos pra quem olha pra além da janela do oba-oba.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Os Blogueiros, os pavões, a mulher e a esquerda

 Em 2010 criou-se uma atmosfera na esquerda de apoio cerrado à candidata Dilma Roussef diante do crescimento da candidatura e das ações da direita, cada vez mais reacionária. Mesmo quem optou pelo voto nulo sentia a pressão para o apoio sob o rótulo de "apoio indireto á direita", caso continuasse com uma postura política que não fosse a do bumbo coletivo.

 Várias vezes o debate político foi travado diante de traves que impediam avanços na construção de pontes, a desconstrução da esquerda não-governista era por vezes palpável no argumento de vários dos defensores do apoio à Dilma a qualquer custo. 

 Por trás das paixões que se elevam nos embates eleitorais, nas escolhas, não havia só uma busca de vencer a direita, mas também uma lógica de exclusão de qualquer oposição à uma política que parte da esquerda endossa de gerenciamento qualificado do capitalismo.

 Então caminhamos lado  lado, todos no combate á direita, alguns no apoio crítico à candidatura do governo e  outros no apoio cerrado ao governo e à candidatura, e chegamos à eleição da primeira mulher a presidir o Brasil. Mesmo quem não votou em Dilma lutou contra o crescimento da direita,a meu ver o alvo principal da esquerda e junto  a quem votou em Dilma, criticamente ou não, construiu e pavimentou uma civilizada relação entre campos da esquerda rumo à ampliação deste espectro político na vida nacional, correto? Não necessariamente.

 Após as eleições a busca de manutenção do clima binário, de nós ou eles, se tornou parte integrante da postura de vários companheiros, muitos deles blogueiros conhecidos, que entrevistam presidentes,etc. A lógica de apoio acrítico ao governo se manteve, como se o combate à direita só fosse possível com a criação de uma claque organizada e que nunca critica a formação, as posturas e as políticas do governo. Como se a esquerda se reduzisse ao governo e seus apoiadores. A esquerda que não segue o tom do bumbo por vezes sofre nos debates o que se chama de rodo nas assembléias, ou seja, o debate é interrompido porque a postura crítica  é tratada como ataque frontal. 

 Mesmo nas iniciativas que se propunham amplificadoras de uma rede de publicadores de esquerda o que se via era o direcionamento da divulgação evitando ampliação real da divulgação de idéias que não fossem as alinhadas com o apoio integral ao governo Dilma.

 O Sectarismo criticado na ultra-esquerda encontra eco na esquerda governista quando a idéia de mobilização passa diretamente pelo alinhamento ao governo e qualquer crítica a ele se transforma num comportamento que falta pouco pra ser chamado de "quinta-coluna".

 Enquanto isso a formação de pontes entre organizações de esquerda sofre um revés, seja na divisão da construção de uma rede de blogs de esquerda que possa se transformar em uma literal opção de comunicação à mídia tradicional, seja na construção literal de redes pessoais de opinião e idéias que possa respeitar divergências e avanças nas lutas que são agenda comum.

 É preciso ir além do apoio ao governo e ir fundo no apoio à uma agenda comum, ir criticamente na relação com um governo que não é da esquerda, é composto por uma malha de partidos e interesses que por vezes são frontalmente antípodas aos de qualquer grupamento ou individuo de esquerda, principalmente a socialista. É preciso entender que o apoio a um governo não precisa ser um cheque em branco, um apoio incondicional, porque além da simbologia da primeira mulher eleita, existe um estado, um estado capitalista,  e este é conduzido por um governo com uma miríade de apoios, cuja constituição inclui membros da velha direita da ARENA, de acordo com um sem número de interesses, pressões e tensionamentos que na maior parte das vezes é um muro aos interesses que defendemos.

 Confundir apoio à decisões que estejam de acordo com uma rede de bandeiras comuns com apoio integral ao governo, o que incluiria apoio á medidas como as da mudança no código Florestal, Belo Monte,etc, é bola fora na tentativa de construir mais que um bando de chiliquentos que se juntam em época de eleição e depois se divide em uma claque feliz contra críticos ferozes.

 Se os blogs de esquerda forem mais do que pessoas que buscam entrevistar presidentes é hora de começar a se construir uma rede real, ampla e democrática, até porque governos e partidos mudam, e por vezes nos abandonam.