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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Só Falta apoiar Sarney

Nesta semana de isolamento virtual devido à mudança de operadora da Net pra OI, e sofrendo a ruindade dos serviços de ambas, notei nas idas e vindas das lans houses e casas da familia pra consulta diária aos e-mails e twitteres que rolou a possibilidade de filiação de Fred Kohler e Paulo Pinheiro ao PSOL.

Bem, o que  posso dizer é que a filiação de Fred Kholer chegou mesmo a  ser cogitada e por isso teve uma movimentação de militantes que rechaçaram veementemente a possibilidade pressionando a Direção Estadual a negar.

 Não sei quem teve essa péssima idéia, que grupo ou pessoa, mas parece que ela não é isolada, dado que já ocorre  a sugestão de filiação do Vereador Paulo Pinheiro, atual PPS, ao PSOL, que levou ao Campo Debate Socialista a se movimentar pressionando para que não ocorra tal barbaridade, dadas as notórias ligações do Vereador com o Ex-Prefeito César Maia e Fernando Gabeira, que possuem biografia auto-explicativa, sendo que o primeiro de uma auto-explicação eloquente e o segundo que acha que o Rio precisa de um "choque de capitalismo" como se não bastasse os constantes choques e rechoques de capitalismo. Fico pensando o que um sujeito que apoia um candidato a Prefeito e Governador que acha que a cidade e o estado precisa de "choque de capitalismo"  faria num partido socialista.

Não conheço pessoalmente os sujeitos supracitados, nem acho que precise conhecê-los, podem ser pessoas honestas e maravilhosas, mas politicamente representam algo que acredito que o PSOL seja o exemplo inverso e oposicionista ad infinutum que é a política voltada para o capital.

A cogitação das filiações demonstra que existe uma parcela do PSOL que não liga muito pra determinados detalhes diante da necessidade de se comportar com construtora apenas da meta eleitoreira para o partido, que já carece de democracia interna e instancias que construam um partido digno do nome, como o visto nos casos dos "debates abertos" sobre a candidatura de Marcelo Freixo que coloquei aqui mesmo neste blog.  

O PSOL já sofre com uma quase desmobilização forçada de sua militância com a destruição de sua capacidade decisória por conta das lamentáveis medidas de desconstrução de suas instâncias e manutenção de uma espécie de colegiado de tendencias internas como "instâncias" não oficiais e substitutivas dos núcleos e plenárias como forma de construção de democracia interna e tomada de decisões de baixo pra cima. O partido tem na manutenção de uma inversão de valores completa, cujas decisões ao invés de saírem de baixo pra cima, saem da executiva para a direção e dai por diante pro endosso dos núcleos e plenárias.  

O que ainda dá liga e mantém muita gente ainda participante é a qualidade de nossos parlamentares, como Freixo, Janira, Eliomar, Chico, Ivan, e o que  fazem? Convidam gente que foi ligada a PMDB de Garotinho, PDT, ex-PPS pra se filiar? pra que isso? Quem teve a idéia Genial?  É tudo pra conseguir voto, é pra isso que o partido existe? As lutas do povo de Macaé e Rio das Ostras, a luta dos cariocas isso tudo que se dane?

Com todo o respeito à nossa "cúpula" , mas o grau de burocratização avança a largos passos pra construir um partido igualzinho aos outros, o partido parece querer parar de ser necessário e ser cada vez mais comum e isso em um momento onde crescem mundialmente as movimentações por uma política de rua, construída dando respostas a demandas crescentes de mudanças onde os Paulos Pinheiros não se encaixam. Filiar Fred Kholer poderia destruir o que o PSOL Serramar construiu.

Depois da imensa batalha que envolveu a cogitação do apoio à candidatura Marina e que levou à candidatura de Plinio de Arruda Sampaio a nos dar um vento de formação e  atração de jovens para a luta socialista há ainda a insistência nesse eleitoralismo suicida? O PSOL só aprenderá quando acabar?

Não sei o que essa gente tem na cabeça, mas parece que a sede por um escritório começa a nos tornar iguais ao PT que muitos discursos adoram criticar, só falta apoiar Sarney. Quando o PSOL tenta filiar Paulo Pinheiro acho que esquece o significaod do S, que é de socialismo .

PS: A Filiação de Paulo Pinheiro foi aprovada pela executiva do Partido no Rio de Janeiro por 7 votos a 2. Parabéns Executiva, tão conseguindo virar um sub-PV.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Ordem não dá choque em carro, só em gente

Calçada tomada na Iintendente Magalhães.
Em Valqueire e isso é todo dia
Que a Ordem é um conceito que varia de acordo com o observador qualquer carioca que vá além Rebouças sabia. Que nosso prefeito fotogênico tem um conceito de ordem geograficamente e políticamente limitado idem. A questão é leninisticamente simples: Que fazer diante disso? Primeiramente acho que a ordem deve ser discutida, porque ela oscila normalmente na cabecita da rapeize entre opressão, limitação e caretização da society; Segundamente creio que a partir da discussão de que ordem é essa, precisamos encher o saco com nossa exigência de ordenamento; Terceiro devemos denunciar os conflitos entre a ordem prefeitural propagandeada e a real.

Quer passar? se espreme aí!
Ordem pode ser defesa de um status quo imutável ou defesa da organização do espaço público a partir da definição coletiva do que é púiblico do que é ordem e como atingi-la. A partir disso aí sim ao invés de imposições de choques, a construção de um ordenamento democático se faz não só necessária, mas aceitável, funcional e sem violencias. Com a eleição de Eduardo "Pereira" Paes começou a implantação de uma ordem chocante oficialmente apontada como "Choque de Ordem". Apoiada pela imprensa escrita, falada, televisionada, ajoelhada e deslumbrada, a operação fez várias vitimas no perímetro urbano da muy hermosa Ciudad de São Sebastião do Rio de Janeiro.

 A questão toda nunca passou por uma discussão coletiva coma  sociedade. A eleição do Dudinha parece que o elevou ao status de divindade de todos nós, ignorando a oposição e os que não votaram nele, que o obrigaria a discutir com o coletivo as ações da prefeitura. E aí tome-lhe de camelô, ambulante e vendedor de cerveja tomando rodo, boteco sujo,etc.. não necessariamente grandes Bares e Restaurantes e sua privatização do espaço público.  

Isto é na frente da portaria de um Prédio.
Não há espaço pra passar com doentes, por exemplo
O mais fofo é que muita gente diz que sim, que ocorre choque de ordem pra grandes Restaurantes no Rio, mas meu Rio de Janeiro não vê isso atingir as Pizzarias Guanabaras, Bares na orla,etc..

Tem mais, além de impor uma ordem na marra, baseando-se apenas no resultado eleitoral, nosso amor prefeitural meteu a bronca do choque de ordem, em toda a cidade, mas com uma ênfase imensa na Zona Sul, Centro e Grande Tijuca. No Restante da cidade a repressão se deu apenas nas vítimas preferenciais ambulantes e camelosas, grandes comerciantes além de não serem atingidos são solenemente ignorados. Basta vir ao Valqueire e ver as cenas expostas no Blog com os carros das revendedoras ocupando todos os espaços ditos públicos. Já a praça Saiqui não podia ter ambulantes e nem cama elástica, mas os carros podem ocupar todas as calçadas, frente de prédios,etc..

Outra foto mais proxima da mesma portaria supracitada
Então descobrimos que ordem é reprimir a camada populacional não vem vestida ou comercialmente relevante, descobrimos também que nosso desejo de ordenamento coletivo é merda porque nosso amado prefeito tudo pode, Também sacamos que ordem com organização só rola na parte mais central e turística da cidade, na linha das upps, e que a propaganda chama uma coisa de ordem, mas no subúrbio ordem é uma mistura de trator com uma conveniente conivência com os donos de votos e poder locais.

Porque há cidades partidas e  divididas no Rio? Porque interesses políticos, economicos e escusos andam lado a lado com os votos da Câmara, ALERJ e provavelmente mandam mais que a tal ordem da propaganda, que só existe na idéia maluca, distorcida e autista dos apresentadores da Rede Globo.

A placa deveria ser: Proibido perambular!


Enquanto o jogo da Ordem chocante passeia pelos anúncios e deixa tranquila a Eleitora de Copacabana, os eleitores de Vila Valqueire, Campinho, convive com um espaço de menos de um metro para transitarem, com revendedoras ocupando as calçadas e determinando onde pode ou não estacionar, impedindo a saída de doentes de prédios,e  quase atropelando transeuntes porque mexem nos carros como e quando querem, porque aqui a prefeitura não existem, só existe os aliados, jagunços e milicianos de prefeito e governador.

Além disso os BRTs adoram demolir casas no subúrbio. 

Definitivamente a Ordem de Eduardo Paes só é olímpica na vida de quem tem holofote, nas sombras do subúrbio ela é a velha ordem do tacão, da porrada e do desrespeito. Porque o que vale aqui é carro, e carro na calçada pode. No subúrbio da ordem do Paes, a Ordem não dá choque em carro, só em gente.

 PS:  A referencia à dificuldade de doentes é pessoal, em um dia tive de erguer a maca ocm meu pai doente,eporque os carros de uma das lojas estavam no caminho e o "dono" não tirou para que passasse com a maca até a ambulancia. Lojistas lançam inseticida todo dia na frente de casas prejudicando quem tem problemas respiratórios, crianças e idosos, que passam mal com o cheiro. Lojistas pressionam de forma rude quem estaciona na frente dos prédios e invetam meios de retirar os carros para porem os carros à venda. E PAes? Nada. Só bate em ambulante pobre.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A memória do Subúrbio é descartável

A notícia é de agosto, dada em meio a uma das campanhas mais quentes da historia e não por acaso ignorada por muitos, que estavam em meio às batalhas eleitorais. A prefeitura está desapropriando bens tombados para construir um corredor de transporte coletivo chamado Transcarioca. Em que região? Campinho, entre Madureira e Jacarepaguá, na fronteira com Cascadura. E aí? E aí que a ausencia de barulho se relaciona diretamente com o o lugar, com o fato de ser no subúrbio, de serem casas ocupadas por gente pobre, sem circulação de turitas e sem nenhum tipo de visibilidade que teriam se fossem na área do centro ou da zona sul, onde casario antigo é visto como boa fonte de renda pros bares, boites e turistas que perambulam pela histórica meia cidade de são Sebastião da Orla do Rio de Janeiro.

Isso é a cara do Rio de Janeiro, meia cidade, meia política, meia preocupação, meia vida decente, meia prefeitura.A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro desde sempre ignora a vida do subúrbio,suas necessidades, a possibilidade de intervenção geradora de qualidade de vida e agora a necessidade de preservação da memória local. Pra que preservar "imóveis que fazem parte  do entorno do Forte Nossa Senhora da Glória do Campinho, na Rua Ernani Cardoso, do século XIX, uma das primeiras fortificações construídas em terra para proteger a antiga Estrada Real de Santa Cruz, que ligava o centro da antiga colônia aos bairros mais afastados da cidade"? Já existe historia suficiente na zona Sul e  Centro e ninguém liga pra história do resto feio da cidade, onde vive essa gente pobre e sem futuro que se fode dia a dia em ônibus por morar mal.

Pra que contar a História da região onde existiam a fazendas que abasteciam a corte? Pra que perder tempo com mudança no projeto em metros para desapropriar os galpões dos supermercados que ficam a menos de 50 metros de distancia dos imóveis tombados? Aumentos os custos? Que custo tem a história, a memória? Porque deixaram os imóveis se degradarem mesmo tombados? Ah, não estão no Corredor cultural,né? Esqueci que cultura fora do centro não existe, só existe cultura na região onde a juventude dourada de Ipanema mostra seu rabo bem alimentado.

O pior do caso é o silencio coletivo, nosso, da tal mídia e dos vereadores e deputados da cidade que emtubam mais uma medida catastrófica patrocinada apelo Prefeito Mauricinho Eduardo /Pereira Paes, o novo homem do Bota-Abaixo, mais um representante da administração da Casa Grande que cuida da senzala na base da porrada. 

Da mesma forma que o choque de Ordem é choque de Orla, a Cultura é a cultura Centrada no Centro e na Zona Sul, o desprezo pelo subúrbio passa pelo descaso com arborização, com remoção de carros de revendedoras das calçadas, choque de ordem que permite que milícias tomem ruas para suas festas nos seus bares, mas retiram vendedores de pastéis das praças e agora a cagada solene no tombamento e na preservação da história do subúrbio. A mesma prefeitura que cita o Forte como patrimonio ignora seu entorno e mija na história que diz preservar.

A História do Rio é uma história de cidade partida e dia a dia segue pra ser uma história de Casa Grande com o desprezo canalha do Prefeito e seus animais de estimação que ocupam secretarias, ao ignorar o valor histórico e cinicamente fingir que ignoram que existem coisas mais importantes que os custos monetários. A região ser desapropriada não tem nenhum dos alegados prédios na mesma área onde será desapropriada , bastava desviar dos imóveis tombados , mas este sestão em áreas pobres, consideradas favelas, áreas "feias", foda-se se a história nem sempre é cuidada e se mantém linda, o que importa é unir o útil, servir bem aos senhores da Copa, ao agradável, retirar gente feia e pobre da frente,principalmente na lonjura jeca dos subúrbios.








ATUALIZAÇÃO: Na área destombada existem empreendimentos imobiliários, há opção de trajeto com uso de terrenos do exército entre Paviuna e  Deodoro, mas nesta região existem outras favelas e nçao há empreendimentos imoboiliáiro, o custo aí seria desinteressante pro mercado, orque só levaria à urbanização de favelas, sem a venda de imóveis pra classe média que jpa curte a proximidade do Wal Mart.




quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A chuva não liga pra choques

Um dos jargões polítcos mais comuns na última década foi o da necessidade de "choques" administrativos. Eles transitavam entre os de ordem e os de gestão, chegaram a ser até de capitalismo.

Tudo estava uma bagunça e os políticos fofos e bem arrumados dos circuitos chiques do eixo do mal pregavam a necessidade de "civilizar" a balbúrdia de Pindorama com choques, com porradas administrativas, ordeiras e de capitalismo.  Até o coitado do capitalismo que já estava aqui arrasando faz tempo tinha virado elemento ausente segundo a retórica dos "Mudernos".

E os choques vieram, de ordem, de gestão, de capitalismo, de cima, de baixo de lado, na orelha do cidadão comum, principalmente dos cidadãos extremamente comuns de fora dos eixos bem vestidos das capitais do Eixo Sudeste-Sul. O mais interessante é que  os choques vinham de endereço conhecido, de penugem amarela e azul, ou originária do ninho dos Tucanos que chocavam faz tempo, mas não se viam grandes mudanças na qualidade da vida da sociedade, ao menos no andar de baixo.

Todo mundo que curtia a retórica dos "Choques" passeou pelo eixo DEMSDB, ou se aliou a eles, e os exemplos são fáceis: Aécio Neves, Geraldo Chuchu Alkmin, José Serra, Eduardo Paes, Sérgio Cabral, Gabeira, Yeda Crusius,etc..

Em Sampa são 16 anos de tucanalhada, em BH serão 12, no Rio Eduardinho "'Choque de Orla" Passos e Sérgio Cabral dão show de eleitorado e vão ficar bastante tempo por aqui.

E enquanto isso? Piove, e piove muito e a cada ano as tragédias repetidas das chuvas, este antigo flagelo, ignoram a retórica dos choques mal dirigidos, orientados para qualquer tipo de coisa, menos para qualquer tipo de alteração rela na vida das pessoas, em especial as que não vivem nos condomínios dos patrocinadores.

A chuva não liga pros choques, porque os choques são retóricos, são organização de síndico de prédio, enquanto que o mercado Deus dessa gente continua na expansão imobiliária, o escoamento de chuvas ainda é orientado para alagar, e fuder, onde só existe os que vivem à margem dos choques e das ações, principalmente das de valores, e as barreiras descerem em cima de casas em Petrópolis, Teresópólis, Friburgo, toda a cidade de São Paulo e Belo Horizonte vira evento anual, como o carnaval e o Reveillon.

Aliás, é sugestão do Blog que as prefeituras de Rio e São Paulo organizem o périodo de chuvas segundo a lógica do choque de ordem, gestão e capitalismo, privatizando a exploração comercial do evento, que pode continuar a ser divulgado pela Globo como entretenimento Urubuzento para a mídia internacinal.

É sucesso garantido, acontece todo ano e a gente pode contar com o grande patrocinador Deus, que já foi culpado anteriormente nos períodos em que nossa visão comercial não estava apurada, e hoje pode ser um grande parceiro utilizando  a máquina teocrática para a geração de lucros e sublimação da culpa comercial via satélite.

É o Brasil entrando no mundo desenvolvido.

Enquanto isso não acontece sigamos nos choques, com a chuva solenemente ignorando ordens,capitalismos e gestões  farsescas e aprontando, ano a ano, seu espetáculo de revelação de incompetências e descasos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A bola da modernidade

Em torno de 1908 o alvissareiro prefeito Pereira Passos, o homem do "Bota Abaixo" ( ídolo de Dudu  "Pereira" Paes, o homem do Choque Desordem), afirmava seu entusiasmo com o Futebol como arma de "educação" do populacho, que passaria a se organizar como os times e seus Sportsmen se organizavam. O esrporte como arma sanitária, de vida saudável, nascia como paradigma da diferença entre a sociedade saudável, vulgarmente chamada de elite ou "os ricos", e a sociedade doente, vulgarmente chamada de povo ou "os pobres". A elite praticava esportes, trazia o vento do moderno Futebol, filho dileto da revolução industrial, ao um Rio colonial que tentava ser uma Paris dos trópicos. 

A empolgação de Pereira Passos era eco da empolgação de uma elite que se entendia como superior por branca, por rica e por uma naturalidade óbvia em seu pensamento: Somos o mais puro extrato da evolução, diferente do populacho negro e mulato que emporcalha a cidade!

A leitura de "Footballmania" de Leonardo Affonso Pereira e "Trabalho, lar e Botequim" de Sidney Challub são boas formas de entender um processo que juntava o trator como instrumento de remodelação da cidade e arma ideológica da divisão da cidade em duas, prévia da "Cidade Partida" de Zuenir Ventura e das UPPs da Dupla Cabral-Paes. A percepção da popularização do Futebol como forma de purificação social era clara, só esbarrou na estranha mania de romper com planos que o povão tem. O moderno Futebol dos Sportsmen que iria varrer a indolência ibérica e incluir na alma do povo a civilização Inglesa e Francesa foi antropofagicamente transformada nos "sururus" esportivos das praças, terrenos baldios e  praias, ofendendo o nariz empinado de uma elite que se pretendia burguesa e controladora de uma cidade que teimava em se virar pra sair do cordão de isolamento que separava a cidade Aquilombada da Cidade Aburguesada. E um dos meios utilizados pela população foi o irônico e moderno Futebol.

Mais de cem anos depois a ironia se torna uma espécie de 18 Brumário do Rio de Janeiro, com a farsa ganhando forma de realização de antigos sonhos, com a ordem sendo distribuida a pontapés seletivos na bunda de uma população cada vez mais lançada nas distancias higienizadoras dos subúrbios, a cidade sendo pontuada de fronteiras económicas via aluguéis e preços e até o moderno e popular Futebol tornando-se artigo de luxo para uma elite que tem nojo de trem, de hora do rush e acha que transporte público é ofensa pessoal.Nas vésperas de eventos esportivos que serão o "bota-abaixo" pós-moderno de Pereira Paes, com Vilas Taboinhas e Gamboas sendo tomadas por uma burguesia saudosa da antiga cidade aburguesada, da proximidade de uma corte inexistente, a cidade e o país vivem a retomada pela elite de seu sonho de consumo, o Futebol dos Sportmen, dos negros e pobres sendo atores somente no palco, mas fora das arquibancadas, com o fim das gerais, dos ladrilheiros, do Beijoqueiro e de outros personagens populares que invadiam maracanãs sem a pompa e a circunstância dos playboys de Playstation.

Enquanto o mundo explode com buchas negras e mulatas na guerra por uma cidade una contra a cidade aburguesada, desigual e elitista, com quilombos sendo erigidos com a fragilidade de nossa divisão, o Futebol retorna como arma de exclusão e de uma educação que nos torna base hierárquica de uma sociedade centenária e cruel.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

URGENTE Despejo e criminalização de mais de 400 famílias nesta TERÇA 09/11 Vila Taboinha pede Socorro

Recebi do amigo Jorge Borges



Camaradas,

A comunidade Taboinha tem uma questionável ordem de despejo para esta TERÇA 09/11/2010.
A Taboinha fica no Recreio dos Bandeirantes, próxima ao túnel da Grota Funda, no final da
Avenida das Américas. O endereço "formal" é Estrada dos Bandeirantes, 29.503, mas a comunidade aparece no Google Maps através da busca "R. Onze de Maio - Vargem Grande, Rio de Janeiro - RJ". 
Apesar de estar sendo acusada de "área de milicianos" (ver reportagem ao final), a comunidade vem participando do Conselho Popular e do Movimento União Popular (MUP), desde o início do processo de reintegração de posse. Nos três anos em q lutam pela permanência naquela terra, nenhum miliciano apareceu para dar qualquer "apoio" ou se manifestar sobre aquelas famílias humildes que ali vivem.

São centenas de casas cujo "arruamento" foi feito pelos próprios moradores, tentando preservar as determinações do loteamento original vendido para as famílias como "legal", mas cujos responsáveis desapareceram poucos meses depois. A prefeitura recusou-se sistematicamente a dar qualquer suporte à regularização fundiária das famílias que buscam até hoje o reconhecimento dos valores pagos para os grileiros e as taxas de serviços públicos cobradas. Quem garante que tais bandidos não estivessem inclusive a serviço destes que, agora, reivindicam a propriedade do terreno?

O processo de reintegração de posse está eivado de inconsistências (não identifica sequer o lote que está sendo pleiteado, não qualifica os réus) e de omissões por parte da juíza Érica Batista de Castro, da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca.

Alexandra, presidente da associação de moradores da Taboinha informa que mais de 30 oficiais de justiça e muitos policiais panfletaram a comunidade informando o prazo de 48h para que todos se retirassem "pacificamente". Obviamente, a comunidade está em pânico com mais um atentado ao Estado Democrático de Direito, agora partindo do próprio Poder Judiciário.

Durante toda a 2a feira, 08/11/2010, defensores públicos do Núcleo de Terras e Habitação, insistiram junto ao plantão judiciário e à assessoria da própria juíza que poderia retornar o processo à legalidade, mas, neste dia, ela não compareceu ao trabalho.

Os movimentos sociais e seus apoiadores em todo o Rio de Janeiro estão convocados a um mutirão de solidariedade aos moradores da Vila Taboinhas. Quem não puder participar diretamente da resistência na comunidade fica instado a reproduzir essa denúncia por todos os meios possíveis. Quem tiver acesso aos órgãos da Magistratura, OAB, Ministério das Cidades e quaisquer outros órgãos públicos atinentes à questão que o faça com rapidez. 

SÃO 400 FAMÍLIAS, MAIS DE MIL PESSOAS SENDO DESPEJADAS NUMA ÚNICA OPERAÇÃO!

Cada comunidade deve promover sua própria manifestação. 

AS REMOÇÕES SÓ SERÃO FREADAS NO DIA QUE TODAS AS COMUNIDADES SE MANIFESTAREM CONTRA A REMOÇÃO DE QUALQUER COMUNIDADE! 

CADA DIA DEVE SER UM DIA D CONTRA A REMOÇÃO!

NÃO ESPEREM LIDERANÇAS HERÓICAS! FAÇA SUA PRÓPRIA RESISTÊNCIA CONTRA MAIS UM ATENTADO AO DIREITO INALIENÁVEL DE MORAR DIGNAMENTE!

Maiores informações liguem:  Alexandra 7863-6495  Jorge Henon 9725-7702
"Obrigado queridos e que Deus nos traga uma solução antes de amanhã."


Outras notícias:

Defensoria diz que moradores de Vila Taboinhas não tiveram direito à defesa

http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/moradores-de-vila-taboinhas-nao-tiveram-direito-a-defesa-diz-defensoria-20101109.html

Famílias protestam contra remoção de terreno no Recreio dos Bandeirantes

 http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/familias-protestam-contra-remocao-de-terreno-no-recreio-dos-bandeirantes-20101109.html

Aparato do estado e da prefeitura se prepara para despejar Vila Taboinhas (RJ) 

http://antonioribeironoticias.blogspot.com/2010/11/aparato-do-estado-e-da-prefeitura-se.html
 
http://www.anf.org.br/tag/taboinha/
A quem interessa a remoção:

Nova favela começa a crescer em Vargem Grande

http://ademi.webtexto.com.br/article.php3?id_article=21282

 



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A desordem do choque de ordem

Um dos muros que dsitiou a Lapa para que  Hollywood se divertisse
Que o choque de ordem era uma arma de opressão a vendedores ambulantes e quejandos, meia racionalidade já sabia, que era cínico idem, mas que chegava ao nível imbecil de cinismo é novo.

Na hora de ser ORDEM, nosso amigo só enxerga ambulantes, gente pobre vendendo cverveja e bares modestos que não estão no círculo chique da Lapa, mas da mesma forma que ignora a tomada de áreas de calçada para a colocação de mesas da Pizzaria Guanabara, com jardinzinhos cínicos quase dizendo que o espaço publico é do dono da casa, loteia sem aviso nenhum metade da Lapa para a filmagem de  Hollywood com o Vampiro fresco de crepúsculo,franquia de péssima qualidade cinematográfica.

A grande alegria dos moradores é que eles descobriram ao chegar e casa ou ao sair de casa porque a prefeitura do amado Eduardo Paes tem o espírito público de serviçal de casa grande de novela de época da Globo, ele serve, foda-se se os cidadãos que não tem um pau financeiro de 32 metros , aos senhores, sejam eles a Globo ou Hollywod. Além disso a Gestapo municipal do Prefeitinho Playboy garotinho de recados inventou que morador agora tem de provar onde mora.

O Rio de Janeiro não tem só o choque de uma ordem com memória seletiva, tem o choque de um ordem especificamente voltada para servir a um mercado que caga pro dia a dia dos cidadãos de forma tão agressiva que oprime pobres que trabalham como ambulante com tanta celeridade, quanto tem uma velocidade impressioante para ajoelhar a ponto da bunda virar pão de açucar aos prprietários da mídia, seja nacional ou internacional. Cagam pro dia a dia de moradores que vivem em áreas cujos donos reais hoje são a riqueza de produtoras que tem um prefeito servil nas mãos.

Além dos muros a segurança é a guarda municipal paga com o imposto que pagamos.
O mesmo choque de ordem que retira barraquinha de cachorro quente da Lapa e Bairro de Fátima, ignora carros nas calçadas do Valqueire, financiado pela propina às subprefeituras, abre as pernas a Hollywood e a outras produçoes internacionais , muito mais importantes para a prefeitura que os cidadãos da cidade do Rio de Janeiro.


A ordem da prefeitura é a ordem da canalhada que toma o estado pra servir a senhores, e deve ser derrubada, se preciso na base da porrada, pela desordem organziada da população resistente que não engole muros que fecham bairros pra sonhos eróticos  de meninas imbecis.
 Mais fontes de infomação sobre o abuso:

Ego: http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1628802-9798,00-MORADORES+DA+LAPA+SE+REVOLTAM+COM+FILMAGEM+DE+AMANHECER.html

94FM: http://www.94fm.com.br/editorias_noticia.asp?nomeEditoria=TV%20e%20Cinema&idNoticia=13111&nomeNoticia=Grava%E7%F5es%20de%20%27Amanhecer%27%20s%E3o%20marcadas%20por%20clima%20de%20tens%E3o%20no%20Rio

Bahia Notícias: http://www.bahianoticias.com.br/entretenimento/noticias/2010/11/08/8087,dor-de-cabeca.html