Mostrando postagens com marcador comunicação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador comunicação. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lusamérica Latim em Pó

Língua, esta mesma, língua. Aquela que na boca vira verso, vira palavra, vira ócio, vira slogan, vira nada.

Não, não errei de blog, não fiquei maluco, só tô falando da língua, essa ferramentinha do diabo que nos ajuda à comunicação e também à demarcação de posições políticas claras ou não.

A língua é o meio mais comum e simples de comunicação,ele é absorvido pelos falantes logo nos primeiros anos de vida e é marca de cultura, classe, região e formação intelectual.

Na maior parte de nossa vida na escola aprendemos a língua através da tal Norma Culta, e também o Inglês e/ou o Espanhol como língua auxiliar obrigatória "em tempos de globalização". 

Na escola também temos como política determinante do ensino da língua o corte que relaciona ao falar epítetos como o "certo" e o "errado". Falar "certo" é o falar conforme determina a norma culta e falar "errado" é a fala nativa, a aprendida na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê.

A escola ai atua como mediadora da casa para a sociedade, ou seja, grosso modo o aluno sai bonitinho da família e adentra o espaço que o "treina" para a sociedade. 

Este "treinamento" obedece, claro, uma lógica de estratificação que é lindamente aplicada com a diferenciação do tipo e qualidade do ensino de acordo com a classe a quem ele atinge. Escolas públicas em geral hoje tem uma qualidade de ensino pior que escolas particulares e dentre ambas existem gradações relacionadas a onde se localizam e ao valor pago pelo "produto" ensino.

Essa estratificação é de simples entendimento ao olharmos, de novo, para a aplicação da tal língua pelo aluno e também pelo domínio de línguas estrangeiras. Dá pra saber quem tem um tipo de ensino com maior atenção ao aprendizado pelo modo pelo qual o aluno escreve e domina a leitura.

Mas não só na escola isso ocorre. A Língua é uma barreira inclusive sob o ponto de vista das relações diretas entre indivíduos e entre classes. Não é incomum que conversas sejam colocadas baseadas em jargões cujo entendimento é limitado a "iniciados" com o fim de reduzir mesmo o entendimento por outrem. Isso ocorrem em situações prosaicas do cotidiano e como arma de classe ou de reserva de mercado, o vocabulário jurídico e a linguagem cientifica acadêmica tão aí pra não nos deixa mentir.

Um dos mais interessantes argumentos quando são apontadas as barreiras linguistas, sejam elas de não entendimento de termos ou de uma língua estrangeira, é que o interlocutor é "preguiçoso". Esse argumento chega a ser fofo, mesmo, porque ele aponta que o defeito de um texto ou discurso em não ser entendido não é o do autor, mas o das pessoas que não o entendem,mesmo quando estas são a maioria.

Assim se mantém um locus social, uma estratificação social via negação do entendimento ao outro do falado, do escrito, se exclui que não possui o mesmo "grau" de entendimento do autor, que por vezes é só um embusteiro enfiado em barrocos, rococós e termos em inglês ou francês que possuem similares na língua nativa dos "preguiçosos".

A diferença entre os embusteiros e os defensores da elite de forma clara? Talvez coragem.

E ai nos peguntamos (nós cuja a língua é pátria e temos mátria, mas queremos frátria) o que quer e o que pode essa língua?


quarta-feira, 6 de julho de 2011

A democratização da comunicação é a democratização da sociedade

A concentração midiática no Brasil, onde poucas famílias são proprietárias da maioria absoluta de veículos de comunicação, abrangendo a mídia televisiva, rádios, Internet, jornais e revistas, é um dos maiores obstáculos, senão o maior,  para a emancipação da população em matéria de democracia, protagonismo politico e conquista de direitos.

As empresas de comunicação do Brasil são aliadas do processo de concentração de poder econômico com controle de indústria, terras  e comércio por uma elite sócia destas mesmas empresas e que utiliza a máquina pública como ferramenta para manutenção de  privilégios e ampliação  de sua riqueza.

Ao serem máquinas de repetição diária de idéias que tornam medidas de manutenção de privilégio e diferença entre as classes, os meios de comunicação são a mais forte ferramenta de convencimento de que um sistema que explora o trabalho de milhões, lhes fornece estrutura precária de moradia, saúde, educação e transporte é o único sistema viável e que todo poder deve ser entregue à representantes que são os únicos que "podem" administrar o estado. Com o bombardeio diário de uma informação ela acaba se tornando verdade, uma única verdade. Assim então é construído um silencio sobre toda e qualquer forma de resistência à marcha de um "progresso" cuja propaganda não mostra as favelas removidas para grandes obras, a escola maltratada dos filho dos pobres, os postos de saúde e UPAs hiper lotadas e os soldados "pacificadores" da Upps proibindo festa de criança na favela. Por outro lado o mesmo soldado que proíbe festa de criança é mostrado em festa de debutante sorrindo, a obra que remove moradores sem nenhum respeito à sua história, bens e os jogam a quilômetros de onde moram são mostradas como solução fantástica e linda, os postos de saúde e UPAS são relatados por "especialistas" como um grande feito.

Os meios de comunicação não atuam somente ocultando a realidade, eles criam uma realidade também. Por isso que "favela" é sinônimo do pior que existe, é algo negativo e tem isso reforçado toda vez em que uma grande obra precisa ser feita.Assim se cria uma "verdade" onde é sempre melhor o morador ser removido pra quase 100 km de onde estruturou sua vida do que morar na "favela". A Favela é o mundo ruim, o mundo cão, é o horror habitacional. Não se menciona assim que também é a solução habitacional construída pela população na ausência de politicas habitacionais dignas desse nome e que não sejam apenas o que o jornalista Lúcio de Castro chama de "jogar o pobre pra baixo do tapete da distancia". A vida das pessoas é tratada como se indiferente detalhe diante da necessidade de "melhorar" a vida do pobre segundo soluções criadas longe do principal interessado, em gabinetes administrativos e apartamentos da Zona Sul dignos de figuração nas novelas do Manoel Carlos. Essa mesma realidade onde o núcleo pobre das novelas é o engraçado e fica no máximo na Gloria ou em São Cristóvão, dado o desconhecimento do mundo além túnel dos donos da voz. É a realidade que finge não ver as remoções para a construção de obras faraônicas para os mega-eventos esportivos, tratados apenas como o melhor que podia acontecer ao país e o pobre é o palhaço do espetáculo.

Donas dos direitos de transmissão dos mega-eventos, as empresas de comunicação ajudam a criar mais um muro de silencio que ignora atitudes autoritárias dos poderes executivos municipal, estadual e da união, os gastos absurdos nas obras nitidamente superfaturadas e os escândalos de corrupção ligados à seus parceiros tanto políticos quanto  comerciais como os que envolvem o presidente da CBF e dirigentes da FIFA. Da mesma forma a maior parte da população ignora o que acontece em Belo Monte, no Pará, com indígenas e povoo pobre sendo removidos na base da pancada para a construção de uma usina hidrelétrica que é monstro tratado como solução,mas  injustificável sob o ponto de vista técnico, já que não gerará energia que pague o tamanho da destruição, e que é na verdade o faz um gigantesco crime ambiental.

É por estes motivos, entre tantos outros, que é necessário um amplo movimento de pressão para mudanças nas leis que permitam uma verdadeira democratização dos meios de comunicação. São necessárias ações nas ruas, jornais e rádios comprometidos com a causa da democracia irrestrita para que se derrube o poder quase que absoluto dos donos dos meios de comunicação e que se permita a ampliação do acesso à informação. Precisamos de passeatas, de convencimento da população para pressionarmos os deputados e governantes e os obriguemos a mudar a lei para termos uma comunicação democrática e banir o racismo, a homofobia, o machismo, a misoginia, a exploração dos trabalhadores e a destruição do meio ambiente , para que não permaneçam jogadas de lado e em uma batalha inglória para serem vistas pela população não como mania de radicais enlouquecidos, mas demandas necessárias  para que os direitos da pessoa humana sejam amplamente respeitados até para a sobrevivência das pessoas.Precisamos lutar por novas leis de comunicação que rompam com os monopólios e permitam que a população construa seus próprios meios de comunicação, rádios, Tvs e jornais, sem que a Politica Federal e Anatel os persiga e sem que a máquina doa grandes meios os silencie.

A democratização das comunicações não é excentricidade, não é uma bandeiras dos "anti-Globo" e de mau humorados, é uma necessidade para que o povo não seja pra sempre vitima de ações truculentas como as que remove sem respeito nenhum aos direitos humanos as populações das favelas para a construção de condomínios de classe média e além disso tenha seu drama ocultado por empresas que vendem cidades e até um país que parece de novela, mas tem o dia a dia de filme de terror, ao menos pros mais pobres e que enquanto a concentração da comunicação permanecer nas mãos de poucas famílias aliadas daqueles que concentram o poder e dirigem os esforços do estado para aumentar sua riqueza vai ter muitas sequencias com imensos danos no dia a dia do povo.


sábado, 25 de setembro de 2010

O DNA do Golpismo da Mídia e o compromisso pelo enfrentamento

Na polarização entre PSDEMB x PT, que dia desses pode virar PTMDB, a velha midia, ou mídia gorda, assume o caráter de oposição de direita e de mais efetivo partido conservador do país, eclipsando seus candidatos, especialmente o principal, José Serra, e usando de todas as armas possíveis e impossíveis para derrotar a principal adversária e capitã do projeto da coalizão que sustenta o Governo do  PT, Dilma "búlgara" Roussef.

Gramsci já cantava a pedra no cárcere, quando dizia que em tempos de "crise de direção" da burguesia a imprensa assume-se como partido contra-revolucionário, e o fez tanto agora, quanto de 45 a 64,atacando diariamente os candidatos e governantes minimamente conectados a um projeto de poder popular ( mesmo que na doce avaliação do Blogueiro, popular nem sempre combine com de esquerda). Com esses ataques se buscou e se busca não só desestabilizar a base de sustentação dos governos/candidatos, mas também iniciar um projeto de semeadura de um combate, digamos, mais enfático a seus inimigos, ou seja, semear golpismos e excessões. O sintomático é a hiper-sensibilidade quando Lula, presidente, ente político membro do PT, declara que deve-se "extirpar" o DEM, partido inimigo do seu, mas ausência total dela quando o presidente do DEM quando era ainda PFL declarou que "Vamos nos livrar desta raça por mais 30 anos" na época do Mensalão.A raça era o PT, mas o PT para a velha mídia pode e deve ser extirpado, o DEM não.

Essa seletividade é obviamente fruto das relações político-empresariais entre donos da midia e donos do capital com seus representantes diretos (partidos como DEM, PSDB, PMDB, PP, PTB,etc),e não precisa ser mais destrinchada,nem mesmo a virulÊncia dos ataques a seus inimigos, repetida, comum e esperada em algum momento.Da mesma forma que pisar, ou repisar, no motivo da contrariedade com o PT e um governo de cunho "popular", mesmo este conduzindo um governo que não só é lucrativo para a burguesia, mas também de certa forma muitas vezes foi tábua de salvação de uma velha mídia em crise  economica séria.

Sem credibilidade até em obituário

A questão é o grau do golpismo em relação às novas mudanças, que vão além de partido indesejado no poder, e o aumento da participação política e da descentralização da comunicação a partir de novas tecnologias. Os ataques a Dilma/Lula/PT e também ao ideário de esquerda relativo a qualquer avanço no debate a respeito da CONFECOM, de democratização das comunicações e controle social da mídia, e isso pisado e repisado como "golpe contra a liberdade de imprensa", "venezuelização do brasil" e outras asneiras desonestas, são menos um ataque específico a uma candidata, mas o semear de um germe de bloqueio à qualquer repensar de mudanças em um dos maiores atores na disputa pela hegemonia política, a mídia.

A sintomática adesão da igreja, a partir de sua ala conservadora, ao discurso satanizador do PT/Dilma/Lula/Esquerda e ampliação do uso do tema aborto sem o perfil republicano, mas o radicalizado senso comum "pela vida", o moralismo de ocasião,tudo embrulhado em papel jornal que a cada dia tem menos compromisso com o mínimo de dignidade profissional, mais que indícios, são fortes sinais de uma busca de reequilíbrio de forças através da construção de um discurso fortemente anti comunista, religioso e moralista, que reduz a desimportantes direitos fundamentais de cidadania ampla e democracia radical e declara como fundamentais direitos relacionados à liberdade de empresa, ao capital e que reduzem a pluralidade a exercícios de autoritarismo, como se o controle platonicamente estivesse em melhores mãos controlados por nove famílias do que por uma sociedade inteira.

EX-revista em atividade
A mídia como porta-voz da direita "civilizadora" não considera civilizatório nem mesmo conquistas liberais que remontam à Revolução Francesa, saudosos de uma aristocracia autocrática ou de um poder moderador que buscam ressuscitar travestindo-o de quarto poder.

Com importante mudanças tecnológicas em curso e descentralização da comunicação através de blogs,redes sociais,onde a capilarização das informações chega a níveis absurdos,e mudanças economicas que introduzem no mercado de informação novos atores, que não só entram na festa, mas conquistam protagonismo da mesma,  a obesa mídia antiga perde-se em sensacionalismos desesperados que tergiversam o ataque à uma busca de ampliação de uma cidadania e democracia que vai além de um governo e à sua própria sobrevivencia em um mundo fora de seu controle.

É claro que combate se dá também em um quadro de pouquíssimo avanço pelo governo "popular" neste campo, e uma recusa de enfrentamento ou enfrentamento periférico do problema que indica uma avaliação própria de pouca força para o embate ou compromissos de governança que acreditavam na anuência desta mídia ao processo democrático.

Precisamos tem em mente que o combate não pode ser feito sem a cobrança ao governo de ampliação do enfrentamento e de apoio à mudança em curso, para que possamos realmente mudar um quadro de concentração midiática que permite o grau de manipulação agora em curso. Também é importante ressaltar o quadro de um governo que merece aplausos por extremamente democrático, mas críticas por recuar constantemente na defesa de bandeiras da esquerda e também na pouca confiança que passa de ir realmente além do inflamado discurso eleitoral para a implementação de mudanças maiores na política e sociedade brasileiras. Cada recuo no que as conferencias decidiram, em especial CONFECOM e PNDH3 se transformou em parte do DNA dos ataques à democracia feitos pela mídia que não enfrentou.

É dever de todo socialista ajudar na luta contra o golpismo da mídia,seja ele do PSOL, do PT, do PCB,etc, mas é dever do governo ir além de "governismos" como desculpa e comprar essa briga junto com a população que o apoia e reelege e com a esquerda, que oposicionista ou não, luta pela democratização real do país e das comunicações.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Em tempos de Canalhização: Responsabilidade!

 No meio da campanha política,mais que ânimos se acirram. A vida inteira de acompanhamentos, lógicas, amores e lembranças de um tempo onde lutar por seu direito era um defeito que mata, como diria Gonzaguinha, vão mais longe do que meras afirmações soltas em Twitteres, Ruas, Blogs ou bares. 

 A oposição ao Governo Lula, e por vezes ao PT mesmo, alimenta em alguns momentos vontades de mordidas nas jugulares dos interlocutores e outras cositas mais que muitas vezes o diálogo político causa em estômagos mais ou menos sensíveis. A questão aí é o limite entre a oposição, mesmo feroz, e a não diferenciação dela do ódio aos inimigos reais,os vampiros e assassinos que apavoraram vinte anos de noites de um Brasil atado a uma história de escravidão, de exploração vergonhosa,genocida e atroz de uma população pobre por uma elite que se chamada de Filha da Puta ainda deve no banco dos xingamentos mais peso à manifestação de baixo calão.

Por mais que o Governo atual e seu partido patrocinem, na humildade opinião do blogueiro, a manutenção de parte de um coronelismo canalha no poder (Collors, Sarneys ou Cabrais), não é direito de quem tem honra e milita no campo da esquerda e/ou do socialismo ignorar que há mais em jogo do que uma eleição e nossa crítica ao governo.

Não falo aqui da ameaça de retorno tucano e nem defenderia o voto na Dilma para barrá-la,falo aqui do combate ao partido da burguesia, seja ele o PSDB ou a mídia, que como já cantava Gramsci a pedra no bingo da teoria, é o mais forte partido da burguesia nesses momentos que, como hoje, são de crise.

Transformar a crítica política,mesmo a feroz, ao PT e seu Governo, em eco à canalhização da política com criticas a "terroristas" e"Guerrilheiros" que lutaram contra a ditadura, tapando os olhos para a ocultação constante dos torturadores e seus patrocinadores, inclusive jornais como a Folha de São Paulo,é fazer um serviço idiota de sectarismo que nos faz, isso sim, de cúmplices no atraso de lutas e mais lutas.

O tratamento da mídia aos candidatos que não são seus preferidos, seja a Dilma, que ela é obrigada aturar, ou os demais candidatos da esquerda, chega a ser hidrófobo, com interrupções, ilações, montagem de imagens, etc.A comparação de resistentes à ditadura, com todas as críticas que alguém ache pertinente à luta armada,  à terroristas e bandidos é de uma canalhice atroz, sem contar a comparação entre punidos por participar de ocupações e Malufs, pelo Ficha Limpa (erro imenso político moralista).

Vamos criticar o Governo? Claro, tem Belo Monte, tem recuos na questão do PNDH3, Reforma Agrária,  FARC, Cuba, falta de segurança para assumir sim uma vinculação ideológica com grupos e países que merecem e devem receber críticas,mas sim,nascem da mesma raiz ideológica, da mesma forma que falta à Imprensa e PSDB,assumirem suas ligações com Paramilitares Colombianos, que também se relacionam com o narcotráfico,com estados semi-autoritários,como a propria Colômbia, com o Carlismo na Bahia, golpe em Honduras,empréstimos de Kombis à Operação Bandeirante na ditadura Civil-Militar e Brasileira, etc..

Devemos combater Dilma? Sim, é preciso mais,e temos de lutar por mais. Por isso voto em Plinio de Arruda Sampaio, voto 50.

Não podemos é esquecer  de que lado estamos e que fazemos parte, de qualquer forma, de filhos e netos, sementes,de uma legião que se entregou por um novo dia.E hoje, como Gonzaguinha, eu quero é cantar essa mão tão calejada que nos deu tanta alegria.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Das dores de oratório

A antiga Dilma que assusta leitores da Veja
A ênfase na necessidade de vencer no primeiro turno leva a loucuras por parte dos apoiadores de Dilma Roussef e o pânico da derrota acachapante a níveis surpreendentes de desonestidade editorial e política por parte dos tucanos.

Pra quem tá fora desse jogo e tem uma campanha de reorganização da esquerda fica patente que a questão eleitoral pro PT não é mais tática,é estratégica, e se torna desesperadora qualquer tentativa de fechar o caixão do PSDB no primeiro turno, onde eles se colocam como paladinos de uma esquerda da qual já não são mais os guias espirituais e colcoam nomemso barco gente tão díspare quanto Zé Maria e seu sectarismo PSTU, Rui Pimenta, do gêmeo mau PCO, O respeitável Ivan ;Pinheiro do CPB, Plínio do PSOL e ela, Dilma Roussef do Governo de "Coalizão" PTMDB.

A nova Dilma que assusta a esquerda
A comédia disso é que de "irresponsáveis", "diminutos e irrelevantes", "quintas-colunas", todos os demais partidos de esquerda na oposição se tornam companheiros, e isso dentro de uma tática de atração atraves da política do medo e do apoio acrítico baseadoem "conquistas" do Governo Lula que só podem ser assim consideradas se vistas pelo viés extritamente economico. Fora do viés econômico não existem razões para crer em melhoras na educação, na saúde e na distribuição de renda que sejam estruturais, a expansão universitária não garante autonomia Às universidades que não seja revertida por um governo menos "sensível", a política ambiental é um trator desenvolvimentista com pouco ou nenhum diálogo com a popuação e a de reforma agrária é engessada pela necessidade de apoio do agronegócio,que inclusive tem um delegado do Governo via PCdoB, Monsieur Aldo Rebelo.
O quase ex-candidato
O pânico tucano dispensa explicações,pois o governo Lula é excelente pro topo da piramide Brasileira, dos faraós embalsamados do capital, mas pega mal no Cowntry um gerente pobre,de outra classe,então eles tentam e tentam substituir o gerente paraíba por um gerente de família amiga,tentaram com o vampiro,que morre politicamente e se desespera, usando as armas que lhe foram oferecidas em papel jornal e antenas de TV pelos faraós, mas estes nem se preocupam tanto,pois um principe de sangue nobre desponta mais qualificado para limpar asala do trono de presenças indesejáveis.

O apelo petista soa patético nesse quadro de hegemonia de sua política de centro sem enfrentamento com mídia,agronegócio e do capital, pois pede apoio contra uma mídia que o persegue para manter pressionada a política de apoio ao capital e de não enfrentamento,mas que nunca foi enfrentada em seu monopólio,assim como o latifundio mal foi tocado pelo trator da Dilma, useira e vezeira em usá-lo contra populações indígenas em nome do "pogressio".  Além disso se ancora numa promessa de guinada  à esquerda em um quadro onde os recuos do PT não apontam para uma Dilma mais poderosa que o"mito"Lula para enfrentar um PMDB cada vez mais protagonista e forte após receber o apoio do"Mito" e do assassinato das alas à esquerda do próprio PT no Rio, Alagoas e Maranhão, onde o apoio direto a Cabral e Sarney e  indireto a Collor retira da esquerda do PT qualquer representação digna para a população consciente e movimentos sociais ainda não cooptados pelas conferencias governamentais.
Plínio, em versão antológica do Angeli.

O PT quer tanto o governo e tanto sua imagem de esquerda de volta que delira no narcisismo do "exequível", sem perceber que quem não o conhece não pode mais ver pra crer e quem jamais o esquece não pode reconhecer. 

Enquanto isso nas dores dos oratórios da militância o trabalho continua,seja ele no gueto ou na esquerda que se propõe revolucionária,mas a cabrocha mais bonita não encanta mais quem não é turista.