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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Mancha do silencio

Mancha de óleo. Fonte: Tijolaço
Desde a última Sexta-Feira dia 11/11/2011 há um vazamento de Petróleo  com uma mancha de óleo que chegou a 163 Km²   na região da Bacia de Campos. Enquanto isso ao que parece para os principais portais de notícia da mídia tradicional o G1, o Globo, O Ultimo Segundo, A Folha de São Paulo, o UOl, o Estado de São Paulo isso é assunto menor, irrelevante e digno das páginas ocultas, da mesma forma as TVs, todos ou nada dizem ou apenas se portam como reprodutores de press release da poderosa Chevron.

Fonte Tijolaço


No entanto se acompanharmos pelo Blog do Deputado Brizola Neto, o Tijolaço, vemos que o bicho pega e de forma grave o que causa espanto se comparamos com a  discrição ou silencio com o qual o fato é tratado pela mídia e, pasmem, pela "nova "imprensa, seja pela Blogosfera Progressista, o famoso #Blogprog, seja pelas revistas e portais alinhadas ao Governo como Carta CapitalFórum, Vermelho ou Rede Brasil Atual.

Claro que a ausência do assunto em alguns veículos é normal, especialmente em Blogs,mas em TODOS?

Em 26 horas há duas notícias a respeito dada pela mídia reproduzidas a respeito dos avanços da contenção pela Empresa, mas que contenção é essa se não há nenhum indicio de atividade na área do poço vistas pelas fotos de satélite disponibilizadas pelo Tijolaço? E será que em 26 horas um vazamento destas proporções não levaria a uma feroz apuração de responsabilidades por parte da imprensa "velha" ou "nova" junto aos governos, ainda mais ocorrendo em um estado que já sofreu com acidentes deste tipo e até hoje paga o preço sobre eles, sendo inclusive uma das razões para que seu governo lute para manter o parâmetro atual de recebimento de royalties? 

Será esse o destino de Campos?
O que une a famosa PIG e o seu inverso os "progressistas" nessa discrição sobre um acidente ambiental destas proporções? Será o acidente pequeno,digno de ser ignorado e o combativo deputado Brizola neto estar sofrendo de um súbito PSOLismo radicalóide curável com tapinhas nas costas?

A única manifestação "progressista" recente foi vincular Serra à Chevron como se as relações promíscuas do Vampiro fossem antídoto à omissão do governo, da ANP, da imprensa nova e velha diante de mais um crime ambiental.

Ora Bolas Serra é um inimigo conhecido e suas relações com Chevron e outros vampiros ambientais são notórias, mas  a eleição da "cara" não era para que este tipo de relação suja, de omissão e de calhordice não entrasse no maravilhoso mundo do "Pra Frente Brasil"? ou Elegeu-se a versão Fêmea de Serra e fomos vítimas de estelionato eleitoral?

Fonte Tijolaço
O silêncio e omissão da velha mídia  são esperados. Esta mesma Velha Mídia que nunca é confrontada com leis de médios ou medidas que impeçam o alto grau de vilania posta em prática pelas revistas e jornais diários, que inclusive recebem a atual Presidenta em suas festas mesmo a atacando de forma calhorda, é useira e vezeira em sua atuação como Vanguarda e partido do Atraso.

Mas e o "novo" e o progressismo? e os portais "combativos", os Blogs "sujos"? Porque o silêncio? a quem servem? Aguardam algum celerado dizer que os peixes e o ambiente são nômades e nem vão notar o acidente?

Com a palavra o "Progressismo".


sábado, 25 de setembro de 2010

O DNA do Golpismo da Mídia e o compromisso pelo enfrentamento

Na polarização entre PSDEMB x PT, que dia desses pode virar PTMDB, a velha midia, ou mídia gorda, assume o caráter de oposição de direita e de mais efetivo partido conservador do país, eclipsando seus candidatos, especialmente o principal, José Serra, e usando de todas as armas possíveis e impossíveis para derrotar a principal adversária e capitã do projeto da coalizão que sustenta o Governo do  PT, Dilma "búlgara" Roussef.

Gramsci já cantava a pedra no cárcere, quando dizia que em tempos de "crise de direção" da burguesia a imprensa assume-se como partido contra-revolucionário, e o fez tanto agora, quanto de 45 a 64,atacando diariamente os candidatos e governantes minimamente conectados a um projeto de poder popular ( mesmo que na doce avaliação do Blogueiro, popular nem sempre combine com de esquerda). Com esses ataques se buscou e se busca não só desestabilizar a base de sustentação dos governos/candidatos, mas também iniciar um projeto de semeadura de um combate, digamos, mais enfático a seus inimigos, ou seja, semear golpismos e excessões. O sintomático é a hiper-sensibilidade quando Lula, presidente, ente político membro do PT, declara que deve-se "extirpar" o DEM, partido inimigo do seu, mas ausência total dela quando o presidente do DEM quando era ainda PFL declarou que "Vamos nos livrar desta raça por mais 30 anos" na época do Mensalão.A raça era o PT, mas o PT para a velha mídia pode e deve ser extirpado, o DEM não.

Essa seletividade é obviamente fruto das relações político-empresariais entre donos da midia e donos do capital com seus representantes diretos (partidos como DEM, PSDB, PMDB, PP, PTB,etc),e não precisa ser mais destrinchada,nem mesmo a virulÊncia dos ataques a seus inimigos, repetida, comum e esperada em algum momento.Da mesma forma que pisar, ou repisar, no motivo da contrariedade com o PT e um governo de cunho "popular", mesmo este conduzindo um governo que não só é lucrativo para a burguesia, mas também de certa forma muitas vezes foi tábua de salvação de uma velha mídia em crise  economica séria.

Sem credibilidade até em obituário

A questão é o grau do golpismo em relação às novas mudanças, que vão além de partido indesejado no poder, e o aumento da participação política e da descentralização da comunicação a partir de novas tecnologias. Os ataques a Dilma/Lula/PT e também ao ideário de esquerda relativo a qualquer avanço no debate a respeito da CONFECOM, de democratização das comunicações e controle social da mídia, e isso pisado e repisado como "golpe contra a liberdade de imprensa", "venezuelização do brasil" e outras asneiras desonestas, são menos um ataque específico a uma candidata, mas o semear de um germe de bloqueio à qualquer repensar de mudanças em um dos maiores atores na disputa pela hegemonia política, a mídia.

A sintomática adesão da igreja, a partir de sua ala conservadora, ao discurso satanizador do PT/Dilma/Lula/Esquerda e ampliação do uso do tema aborto sem o perfil republicano, mas o radicalizado senso comum "pela vida", o moralismo de ocasião,tudo embrulhado em papel jornal que a cada dia tem menos compromisso com o mínimo de dignidade profissional, mais que indícios, são fortes sinais de uma busca de reequilíbrio de forças através da construção de um discurso fortemente anti comunista, religioso e moralista, que reduz a desimportantes direitos fundamentais de cidadania ampla e democracia radical e declara como fundamentais direitos relacionados à liberdade de empresa, ao capital e que reduzem a pluralidade a exercícios de autoritarismo, como se o controle platonicamente estivesse em melhores mãos controlados por nove famílias do que por uma sociedade inteira.

EX-revista em atividade
A mídia como porta-voz da direita "civilizadora" não considera civilizatório nem mesmo conquistas liberais que remontam à Revolução Francesa, saudosos de uma aristocracia autocrática ou de um poder moderador que buscam ressuscitar travestindo-o de quarto poder.

Com importante mudanças tecnológicas em curso e descentralização da comunicação através de blogs,redes sociais,onde a capilarização das informações chega a níveis absurdos,e mudanças economicas que introduzem no mercado de informação novos atores, que não só entram na festa, mas conquistam protagonismo da mesma,  a obesa mídia antiga perde-se em sensacionalismos desesperados que tergiversam o ataque à uma busca de ampliação de uma cidadania e democracia que vai além de um governo e à sua própria sobrevivencia em um mundo fora de seu controle.

É claro que combate se dá também em um quadro de pouquíssimo avanço pelo governo "popular" neste campo, e uma recusa de enfrentamento ou enfrentamento periférico do problema que indica uma avaliação própria de pouca força para o embate ou compromissos de governança que acreditavam na anuência desta mídia ao processo democrático.

Precisamos tem em mente que o combate não pode ser feito sem a cobrança ao governo de ampliação do enfrentamento e de apoio à mudança em curso, para que possamos realmente mudar um quadro de concentração midiática que permite o grau de manipulação agora em curso. Também é importante ressaltar o quadro de um governo que merece aplausos por extremamente democrático, mas críticas por recuar constantemente na defesa de bandeiras da esquerda e também na pouca confiança que passa de ir realmente além do inflamado discurso eleitoral para a implementação de mudanças maiores na política e sociedade brasileiras. Cada recuo no que as conferencias decidiram, em especial CONFECOM e PNDH3 se transformou em parte do DNA dos ataques à democracia feitos pela mídia que não enfrentou.

É dever de todo socialista ajudar na luta contra o golpismo da mídia,seja ele do PSOL, do PT, do PCB,etc, mas é dever do governo ir além de "governismos" como desculpa e comprar essa briga junto com a população que o apoia e reelege e com a esquerda, que oposicionista ou não, luta pela democratização real do país e das comunicações.