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quarta-feira, 22 de junho de 2011

PSOL: Militância pra que?

Milton Temer acaba de dizer no Twitter que a Executiva do PSOL-RJ decidiu pela pré-candidatura do Freixo a Prefeito. E afirma ainda, que a direção ratificará. Ou seja, todos os tramites da base à cúpula foram literalmente invertidos, hoje a direção ratifica decisões da executiva, quando devia ser o inverso, dado que a executiva EXECUTA o decidido por seus fóruns de discussão e formulação. 

Pra que núcleo? Pra que plenária? Eu não fui consultado sobre a decisão, então não preciso guardar disciplina sobre ela, correto? Pra que Assembléia, pra que militante? Militante não é pau mandado panfletador em campanhas. Militante é ente político consciente e que tem poder de decisão.  O que a executiva do PSOL-RJ fez foi declarar uma concepção de partido que torna militantes obsoletos e inúteis.E como as reclamações são nacionais, conforme qualquer militante mediamente informado deve saber, o trem tá feio.

Este tipo de atitude, que realmente é comum e vem desde o inicio do PSOL, há meros 5 ano. Isso já nos levou a um imenso problema com a tentativa de aliança com o PV e todo o problema que dai veio com a Rainha de Copas querendo cortar cabeças, sites e seus aliados idem. Inclusive problemas gravíssimos como o da questão das filiações em massa e por vezes assembleias com votação suspeita,etc.. Hoje já temos a decisão nada coletiva dos critérios para o congresso onde mais vale número que militância para ser delegado. Se eu filiar mil amigos da Legião Tricolor a tempo eu poderia ter mais delegados que todos os núcleos militantes. Simples assim. Agora é o lançamento da candidatura sob a dedução de sua aceitação.

A questão aí não é o nome, que é ótimo, mas tudo oque gira me torno da candidatura que vai da escolha coletiva de estratégia e tática até a ideia conjuntural da importância do Freixo em outros fóruns, por exemplo, além da obviedade da importância dele em Niterói.

Boas decisões tomadas da maneira errada podem se tornar péssimas decisões. Mais uma vez a cúpula do PSOL sinaliza que só precisa da militância pra panfletar e pra ir pras lutas levando o nome do partido, mas que não precisa falar nada, decidir nada e sua opinião não tem importância. Isso é sinal de burocratização e aumento da parlamentarização do partido. Isso é péssimo e tende a manter o afastamento de forças de esquerda que sofrem o mesmo em outros partidos e têm dúvidas de nosso caráter de abrigo da esquerda.  

Tudo isso joga ao chão a ideia de "Partido Necessário" e afasta mais ainda a chance dele se tornar imprescindível, porque não é necessário mais um partido burocratizado e sem base e nem imprescindível um partido que, apesar de não ter uma base é tão grande quanto a do PT, tem o mesmo tipo de eco pra cúpula: Zero.

Não adianta escrever carta aos petistas pra chamá-los pro PSOL e repetir o pior erro do PT que é a ausência de canais de influencia da base no Partido. Essa ausência que levou ao PT ter mais burocratas ligados ao capital que gente de esquerda socialista.

Pra encontrar lutadores nas ruas basta ir às rua,s pra trazê-los para um partido é preciso mais que isso e,d e novo, sinalizamos que militar não é preciso, panfletar é que é preciso. O PSOL é necessário na câmara e câmaras? É sim, mas sem uma militância orgânica, que luta, decide e tá na rua com consciência e levando o nome do partido, ele só ficará nos gabinetes, e dificilmente continuará necessário pra sempre.

Desse jeito o PSOL pode até ser imprescindível pra esquerda, mas talvez só pra Festiva e não a antiga, mas a nova, que acha que o bacana é humanizar o capital.