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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Futebol playboy, vulgo "Moderno".

A modernização do futebol, que gera discussões que vão desde a elitização do público ao futebol entretenimento, com criação de estrelas que parecem artistas globais hollywoodianos, é também a abertura de novos mercados, na sanha de globalizar um produto que a todos encanta, e a muitos ajuda a faturar mais do que  se encontra normalmente. As escolhas de Catar e Rússia para sedes de copa do mundo não são fatos isolados da construção de estádios ditos arenas, com poltronas no lugar de assentos de arquibancada, diminuição de público, aumento do preço dos ingressos, transformação do estáido numa grande sala de estar pro público cde classe média consumidor de pay per views, são fatos primos, irmãos.

O grande poder da Fifa é o poder da grana, é o poder da modernização excluysiva, com lucros estorsivos, também exclusivos a quem pode se dorbar para triplicar o lucro e dobrar leis, tradições, vontades.
A Europa, sem tanto encanto ou brilho das moedas, e mais contestadora, perde espaço para quem tem muito o que gastar e nada a explicar.Por isos em sequencia Brasil, Rússia e Catar serão hospedeiros do Parasita Fifa, chamado Futebol internacional.
 
Tudo isso é parte de um projeto de futebol, um projeto onde o futebol é apenas a fumaça que esconde o transito da economia entre pernas, gols e paixões.
O preço dos ingressos, por exemplo, é relativo a um projeto de público e de futebol. Grana, por exemplo, tem com ingresso barato e super público e com ingresso caro e publico menor.

O tal conforto, que é muito mais uma elitização e operização do futebol, é frescura demais, com dvd na poltronas, bundinha almofadada,etc. Com a elitização que exclui o povão que vê globoesporte e lê o dia na banca, sem comprar, pra ver quem o time contratou.Inclui o torcedor de sala de estar, que transforma templos na sala de estar de quem pode pagar.

O ingresso é caro pra financiar frescura, ele financia menos o clube do que a frescura do torcedor que tá acostumado com a bunda de poltrona.

E aí se tem uma concepção, o futebol enquanto entretenimento, apartado de sua história, de sua cultura, numa cultura quase que universal "moderna", capitalista, tal qual os filmes, as boites, as músicas, na pasteurização da aldeia global.

Não é algo alheio ao futebol, é parte do que o futebol foi, abraçado pelas elites pra educar um povo "insalubre", como ela o via, negro demais, pobre demais. Porém agora pela força da grana que ergue e destrói coisas belas se está conseguindo tirar o comum, o pobre e o negro do estádio.Em seu lugar torcedores modernos, iguais, seja na Inglaterra, seja no Maraca.

Torcedores modernos que são quem pode e quer financiar um enttretenimento globalizado, igual ao cinema, ao teatro, ao show da Maddona. Sem a maior preocupaçaõ com oque se faz daquilo que é a paixão de tantos, sem  muita preocupação em como se faz o prato que lhe é servido, feito à custa de dinheiro do memso povo que é excluido do estádio.
O que fica é a imagem internacional, é o título, é a alegria sazonal que alegra tanto Blatters, Havelanges, Horcades, Ricardos Teixeiras.

Esse Futebol é o Futebusiness, primo do Futebol Sanitário de Pereira Passos e da elite fluminense que queria se ver livre dos Sururus da Gamboa. Hoje ela se alimenta do sacrifício da grande do mesmo povo do sururu, lucra com ele, construi com seu dinheiro estádios que o excluem, elevam seus gerentes a cargos onde o Futebusiness seja encarado como motivo de alegria e de desvios de verba, de ostentação de elites sem controle.

Enquanto o Futebusiness ilude a patuléia cada vez mais furtada na verba e na cultura, absorvida e devorada sem cerimonia pela destruição pasteurizada chamada Entretenimento, os direitos de quem criou esta cultura, quem alimentou instituições com seu grito, bandeiras, movimentos e grana é calado e transformado numa ópera chinfrim que segue preceitos televisivos.

É preciso combater este furto, esta destruição das culturas futebolísticas locais em troca da venda da alma à televisão e à estádios vazios, mas chiques, ricos e que não cantam.
É preciso saber o que se faz com as verbas e uqal projeto de inclusão e devolução de públicos aos estádfios, com ingressos a preços que permitam lucro com público e sme sacrificios. Que os estádios sejam limpos, acessíveis, mas com espaço pra quem quer torcer em pé, espaço pra quem quer sentar e que ele seja fruto da cultura local, sem os fast foods, a cerveja sem álcool e as redes globalizadas que sugam dinheiro sem oferecer qualidade aos torcedores.

É preciso construir uma barreira que liberte o Futebol do Futebusiness e que reverta o lucro absurdo dos marajás da Fifa e Federações para a ampliação do que o Futebol deve ser, uma arma de inclusão, para além da também também uma ferramenta de acesso à educação física, saúde, debates sobre o que é um time na vida das pessoas, o que é a paixão, a união de uma equipe rumo a uma vitória. Que o futebol, assim como todo o esporte, seja usado também para transformar a sociedade e não ser roubado dela para que uma classe de playboys se entretenha.

Precisamos do Futebol nas ruas e nos estádios, na vida das pessoas, não só como uma paixão centenária, mas como uma força que seja mais democracia corintiana e menos plutocracia Fifense.


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quando a torcida é mais que organizada...

A iniciativa de Marcos Alvito junto com outros militantes de criar a Associação Nacional de Torcedores é um belo dia de sol no nublado mundo onde a "política séria" se faz fora dos estádios ou quando fala se futebol se veste de Eurico Miranda ou Ricardo Teixeira. Com manifestações ocorridas em dois clássicos cariocas(Clássico Vovô e Fla x Vasco) a Associação ganha o apoio de diversos militantes do Futebol e da esquerda Brasileira ou adeptos progressistas da organização do Futebol com povo e com menos frescurinhas elitistas. 

Em um mundo onde Torcida Organizada é um grupo que oscila entre festivo e violento, com um grande campo aberto pra aproximação de ideologias nem sempre amigas da democracia, o surgimento de uma Organização de Torcedores, no sentido de organicidade, que vai além da luta por melhoria na venda de ingresssos e por derrubada de técnicos abre espaço para a inclusão do Futebol como um campo de luta pra a esquerda, principalmente a socialista. Afinal socialista curte bola, pô!

Os movimentos de cidadania clubística não incluíam entre suas discussões o papel do Futebol como parte da vida social do País, parte de sua história e cultura, e não disputavam a política para além dos clubes e contra políticas que incluem um futebol espetáculo, entretenimento e menos humano, que exclui os pobres e as gerais dos estádios e da vida dos clubes.

A associação permite que discutamos politicamente tanto a política de futebol no Brasil e no mundo, o chamado "Futebol Moderno" quanto os eventos esportivos e seu impacto na vida da cidade, sejam as Olimpíadas ou a Copa do Mundo, coisas que abraçam a modernidade ,"mãe do Futebol", em seu aspecto excludente, ecoando os apoios à moderna urbanização do Rio de Janeiro no início do século XX, que criou cordões de exclusão da pobreza das áreas ricas.

A mesma modernidade do Pereira Pssos, hoje emulada no "moderno" Pereira Paes, é a modernidade do Futebol Entretenimento que cria "Arenas", anfiteatros de elite, que exclui o Torcedor da Geral e precisa de promoções pra ter povo no estádio.

A boa notícia da Associação é que com ela podemos ter armas que unem amor, ideologia e ação, ao invés de conversas sobre um mercado que torna o torcedor um consumidor de Pay per views.