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terça-feira, 18 de setembro de 2012

O lado mais torpe do Petismo e a lei de Goldwin

Hoje me deparo com acusações de fascismo a Marcelo Freixo. Fascismo, é esse o termo que encontramos aqui . 

Fascismo.

Freixo é chamado de fascista porque capitaneia uma candidatura que defende a recuperação de bandeiras históricas da esquerda, da cidadania, do orçamento participativo que gerou o modo Petista de governar a partir da eleição de Olívio Dutra em 1988,  do respeito e da discussão à e da causa LGBT, de uma planejamento para a cidade que respeita o plano diretor discutido nas universidades do Rio, que respeite as pessoas pobres, farta e violentamente removidas pela secretaria municipal de habitação de Eduardo Paes, capitaneada pelo petista histórico Jorge Bittar.

Freixo é chamado de fascista por capitanear uma candidatura que mobiliza a esquerda carioca, a população jovem, que ganha almas e corações e resiste à ditadura do pensamento único que em seu urro irracional sensacionalista aparenta uma estupidez ingênua, enquanto é na verdade uma tática de ocultação da cumplicidade criminosa com o avanço do mais perverso capitalismo, ao ponto do subprocurador geral de justiça Leonardo de Souza, representante do MP estadual, entender que a prefeitura age de forma similar ao nazismo, especialmente na secretaria municipal de habitação, capitaneada, pasmem, por Jorge Bittar, membro histórico do PT, outrora candidato à prefeitura.


O alto grau de ação coordenada militante que o PT engendra nas redes, via #RedePT13, parece ser constituída a partir da coordenação de Sérgio Telles no Rio, e  que tem no blog O Cafezinho, de Miguel do Rosário, irmão siames do Feijoada Política, e passa dos limites do debate político para a acusação criminosa, estupidificante que busca emular um olavismo (Escola retórica baseada na satanização do adversário que tem em seu maior expoente Olavo de Carvalho), mas que incorre em uma prática de calunia e difamação e de assassinato de reputação como faz Reinaldo Azevedo na Veja, que deveria ser o ápice do que não fazer para o governismo que se arvora de antítese do PIG, ou partido a imprensa golpista, conforme gritam imitando o neo-petista Paulo Henrique Amorim.

Acostumados a uma retórica que ataca a imprensa a todo momento e a atribui golpismo, o governismo capitaneado pela #RedePT13 perde a linha básica do debate político e repete a prática da imprensa que critica, seja por incapacidade de debate, por desespero de perder espaço à esquerda para o "minúsculo" PSOL, ou seja pro mau caratismo dos envolvidos mesmo, ao acusar levianamente Marcelo Freixo e o PSOL de fascismo.

Enquanto fazem isso ocultam que a dupla Paes/Cabral, apoiada efusivamente pelos "populares" governistas vai remover cerca de 9000 moradias sem contrapartida suficiente para não aumentar o já imenso déficit de moradia da cidade e para manter a lógica de satanização/ocultação usam de táticas similares a de José Serra em 2010, seja criando boatos, falsas capas da Veja, até criando um espantalho de fascismo para seu adversário.


O Petismo atual, cujo maior inimigo é a história, está tão empenhando na defesa irracional de cargos e salários em prefeituras e governos do estado que perdem até a vergonha de imitar seu maior adversário e dizer que há nazismo na militância.

Imersos na lei de Goldwyin, irresponsáveis e irracionais defensores do indefensável, os novos petistas,  chafurdam no rebaixamento do debate, na ocultação das ações criminosas que os governos do qual participam ou controlam  cometem na sanha de pagar suas dividas de campanha com as empreiteiras, suas maiores doadoras, ocultando vinculações com o crime organizado (Paes tem ao menos três candidatos citados na CPI das milicias, em sua coligação, um deles o irmão do miliciano preso Jorge Babu, Elton Babu, que é do PT) e optando preferencialmente pelo ad hominem diante do imenso problema que possuem diante de si: A completa demolição de sua ligação com a esquerda.

Imersos na lei de Goldwin além do desserviço político do rebaixamento do debate incorrem no eterno erro de chamarem pato de macaco esquecendo que quando o macaco aparecer o povo não saber e  vai chamá-lo de pato continuando a achar que macaco faz quac.

Atacam Freixo como nazista tendo entre os secretários da prefeitura um filiado ao PT acusado de práticas ilegais de remoção de moradores de comunidades carentes. 

Acusam Freixo  de candidato zona sul, mas tem entre os doadores de suas campanhas a mais alta concentração de capitalistas como Eike Batista.

Acusam Freixo de candidato das organizações Globo, mas tem em seus jornais e TVs elogios cotidianos aos governos Paes/Cabral, dos quais compõe o secretariado, inclusive a secretaria de Direitos humanos que não dá suporte e segurança aos pescadores da AHOMAR ameaçados de morte e  é ocupada pelo PT.

Em seu delírio de amor ao poder, de amor ao aparelhamento do estado e no desespero da perda de espaço e credibilidade diante do avanço do "minúsculo" PSOL, da força de seu candidato e da nítida construção e arrebatamento de uma militância, que ou estava descrente da política ou deságua em sua juventude para a prática de uma política historicamente vinculada à defesa dos direitos humanos, dos valores da cidadania e do resgate de bandeiras histórias da esquerda, que sai do campo de influência de um PT que em sua sanha pelo poder a qualquer custo trocou o valor de sua história pelo abraço a Maluf

Em seu delírio persecutório de um valor de esquerda que já morreu no PT,  os militantes do partido dos trabalhadores apelam, renegam sua história, enlameiam seu passado, despolitizam seu presente e se tornam isso: papagaios repetidores histéricos do rebaixamento político.

É uma pena que o partido que me ensinou a militar tenha se tornado isso: a marca da desonestidade política, intelectual, moral e humana.

É uma pena que em 2012 o PT caminhe mais e mais para o lado dos vencedores, aquele que Darcy Ribeiro sabiamente preferia não estar.

Vou seguir o mestre caso nossa primavera não conquiste a prefeitura, ainda é o mais sábio conselho manter-nos humanos na derrota que desumanizados na vitória.

sábado, 24 de setembro de 2011

Lula foi inventado pela Ditadura?


Com todas as criticas possíveis e inimagináveis que qualquer personagem político, histórico, socialista ou não, possa e deve receber há limites óbvios quando elas passeiam pelo perigoso terreno da calunia.



Vou ser curto e grosso porque o tempo urge e a vida idem, mas Luis Ignácio Lula da Silva pode ser acusado de inúmeras coisas, inclusive quando de sua trajetória inicial pro vezes recuar e dar sinais de posições que tomaria futuramente enquanto presidente da república, inclusive a sanha de acomodação que dá anéis pra não perder os dedos e às vezes mais que isso. O evitar de confrontos, o fato de nunca ter sido socialista e mesmo às vezes dar sinais de que deixou de ser de esquerda faz mais tempo do que entendemos são outras criticas, que repito, são inúmeras e são maiores do que as que citei.

Lula também foi e é demagogo, manipulador, centralizador, maquiavélico e por ai vai.. não dá pra deixar de criticar em, repito, desde seu aparecimento.

Mas a repetição aqui da eterna balela e boataria que nutre além de preconceito de classe o desprezo solene pela inteligencia de meia esquerda que junta de Dirceu, Sérgio Buarque, Plínio de Arruda Sampaio, Mário Pedrosa, Lélia Abramo, Perseu Abramo a um sem número de pessoas e coloca Lula como produto da ditadura é de causar náuseas amplas, gerais e irrestritas.

Ser oposição e divergência de esquerdas tem o limite da honestidade, que vai além, muito além de não roubar. Ser oposição, ser socialista exige, por dever de honra, buscar informações e posturas com clareza. E a honra ai não é um conceito vago burguês é a idéia da transparência do socialista, de não caminhar pelas táticas de desmoralização ad hominem, mas parece que o autor do artigo e o PCB preferem usar a velha tática Stalinista de deturpação, destruição da individuo ao invés de por na rua o embate político, é mais fácil destruir reputações do que construir critica.

No entanto é importante entender o motivo pelo qual o PCB ressuscita essa ladainha que despreza qualquer compromisso com uma critica política e não ad hominem e qualquer tipo de pesquisa com algum tipo de honestidade intelectual, este tipo de nojeira ajuda a esquecer a oposição do PCB à  formação da CUT com apoio a Joaquinzão e sua política de minar o PT nascente, percebendo sua força como alternativa de esquerda que eclipsaria o então Partidão.  O PCB não levou tanto esforço a  cabo pra explicar porque o apoiado Joaquinzão foi um dos sindicalistas mais atuantes por toda a década de 1970 quando os sindicatos eram altamente oprimidos e alinhados diretos à ditadura.. isso não importa,né?

Como também não importa do mesmo Joaquinzão ter sido interventor da ditadura nos sindicatos. Da linhagem de Joaquinzão veio  Medeiros e Paulinho da Força.

Pro PCB é mais importante ocultar suas incompetências, mesmo que pra isso ressuscite uma das mais nojentas, desonestas e imbecis acusações já vistas no meio da esquerda. Não sou do PT, sai recentemente do PSOL e da militância direta, mas entendo que ativismo político não pode ser calcado em tal desonestidade. E talvez seja essa a explicação da irrelevância do PCB a partir da década de 1980 e que dura até hoje.