Com
todas as criticas possíveis e inimagináveis que qualquer personagem
político, histórico, socialista ou não, possa e deve receber há
limites óbvios quando elas passeiam pelo perigoso terreno da
calunia.
Vou
ser curto e grosso porque o tempo urge e a vida idem, mas
Luis Ignácio Lula da Silva pode ser acusado de
inúmeras coisas, inclusive quando de sua trajetória inicial pro
vezes recuar e dar sinais de posições que tomaria futuramente
enquanto presidente da república, inclusive a sanha de acomodação
que dá anéis pra não perder os dedos e às vezes mais que isso. O
evitar de confrontos, o fato de nunca ter sido
socialista e mesmo às vezes dar sinais de que deixou de ser de
esquerda faz mais tempo do que entendemos são outras criticas, que
repito, são inúmeras e são maiores do que as que citei.
Lula
também foi e é demagogo, manipulador, centralizador, maquiavélico
e por ai vai.. não dá pra deixar de criticar em, repito, desde seu
aparecimento.
Mas
a repetição aqui da
eterna balela e boataria que nutre além de preconceito de classe o
desprezo solene pela inteligencia de meia esquerda que junta
de Dirceu,
Sérgio Buarque, Plínio de Arruda Sampaio, Mário Pedrosa,
Lélia Abramo, Perseu Abramo a um sem número de pessoas
e coloca Lula como produto da ditadura é de causar náuseas
amplas, gerais e irrestritas.
Ser
oposição e divergência de esquerdas tem o limite da honestidade,
que vai além, muito além de não roubar. Ser oposição, ser
socialista exige, por dever de honra, buscar informações e posturas
com clareza. E a honra ai não é um conceito vago burguês é a
idéia da transparência do socialista, de não caminhar
pelas táticas de desmoralização ad hominem, mas parece que o autor
do artigo e o PCB preferem usar a velha tática Stalinista
de deturpação, destruição da individuo ao invés de por na
rua o embate político, é mais fácil destruir reputações do que
construir critica.
No
entanto é importante entender o motivo pelo qual o
PCB ressuscita essa ladainha que despreza
qualquer compromisso com uma critica política e não ad
hominem e qualquer tipo de pesquisa com algum tipo
de honestidade intelectual, este tipo de nojeira ajuda a
esquecer a oposição do PCB à formação da CUT com
apoio a Joaquinzão e sua política de minar o PT nascente,
percebendo sua força como alternativa de esquerda que eclipsaria o
então Partidão. O PCB não levou tanto esforço
a cabo pra explicar porque o
apoiado Joaquinzão foi um dos sindicalistas mais atuantes por toda a
década de 1970 quando os sindicatos eram altamente oprimidos e
alinhados diretos à ditadura.. isso não importa,né?
Como
também não importa do mesmo Joaquinzão ter sido interventor da
ditadura nos sindicatos. Da linhagem de Joaquinzão veio Medeiros e Paulinho da Força.
Pro PCB é
mais importante ocultar suas incompetências, mesmo que
pra isso ressuscite uma das mais nojentas, desonestas e imbecis
acusações já vistas no meio da esquerda. Não sou do PT, sai
recentemente do PSOL e da militância direta, mas entendo que
ativismo político não pode ser calcado em tal
desonestidade. E talvez seja essa a explicação da irrelevância do
PCB a partir da década de 1980 e que dura até hoje.
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