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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estratégica indignação

A indignação contra as ADIN impetradas pelo DEM contra a demarcação de terras Quilombolas e contras as cotas raciais para as universidades é saudabilíssima. 

Essa indignação precisa sim de braços, almas, vozes para ecoar e ser um mar de nãos a este partido racista, conservador, machista, homofóbico e cadinho do mais podre da alma política Brasileira.

Só que indignação nenhuma deve e pode parar no combate político eleitoral, focado, míope e por vezes, não poucas, torpe, que é infelizmente mato nesses dias de Blogosfera Oficial, manipuladora, militante e profissional.

Bater no DEM é mais mole que querer tomar cachaça de graça na Lapa depois de meia noite, ir contra TODA manifestação contrária aos movimentos populares em todo o país e sob TODO E QUALQUER GOVERNO, é que são elas.

A honestidade política não é artigo fácil hoje em dia, e não estou falando de não roubar, condição sinequanon, mas de não sapatear na cara da inteligencia da nação.

A desonestidade intelectual e política não é monopólio de ninguém, de nenhum partido: Está nos ensolarados que tem senador elogiando Demóstenes Torres; Nos Verdes que brincam com a inteligência alheia considerando artigos sobre trabalho de base como defensores de "teocracias" e usando morte de gays como ferramenta de combate desonesto ao Governo Lula/Dilma usando estatísticas vindas de políticas implementadas pelo mesmo governo; Nos independentes e Vermelhos Governistas, Azuis Tucanos,etc..

Não se pode, no entanto, negar que a rapaziada estrelada zoa, tá de sacanagem, quando pula vinte metros pra bater nos tucanos no caso Pinheirinho ou no DEM nas ADIN, mas some miudinho quando o caso dos Quilombolas do Recôncavo ou dos Pataxó do Sul da Bahia ou das cagadas de Belo Monte, vêm à tona.

Sei que na hora do pau precisamos de todos os braços, todas as vozes, mas me fode muito a paciência, sem perdão do mau uso da palavra, o oportunismo canalha e me aproveito do álibi dos tantos dedos e perdigotos infantilóides advindos da massa Governóide ao atacar todos como "radicais nefelibatas", para apontar sim o volumoso dedo pra isso, para esse oportunismo safado.

Vamos democratizar a indignação, vamos ser mais honestos e realmente atuar para a mudança do mundo, independente de que partido ou grupo esteja no governo, porque indignação estratégica pra mim é putaria e revela canalhas.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Não vamo deixar ninguém chegar com sacanagem

Após um breve interregno de uma tristeza broxa, uma frescurinha nervosa, um chilique enrustido, eis que volta o batente aquele esperançoso, otimista ogro que vosotros conhecem.

Gonzaguinhando em plena segunda-feira e achando muito bom sacudir a poeira e imbalançar, como aconselhava o poeta em "Agalope" do disco "Coisa mais maior de Grande: Pessoa" .

Para o retorno do ogro concorreram pequenas pitadas de Borboletras nos olhos, noções de Caipiragem malasarteana do Violeiro de Lorena, Ogrices pelotenses beudas, um Toque galináceo belorizontino, Lilesquices Novalimenses e por fim, Serpenteios da Liga de Bueno.

E como já tô com um pé nessa estrada, qualquer dia a gente se vê, mas enquanto isso o discurso do rei, ops, da rainha, decretando fantasias, e que causou mais um da série de desenganos diários que saíram no xixi,  foi percebido como clara resposta aos bardos acadêmicos da ordem verde, cuja perspectiva por vezes passeia no perigoso terreno da oportunidade e receberam um troco nada leve, truculento até, mas no mesmo nível de redução de papéis. Coisas da política nacional e de sua lógica de conflitos de conquistas de reputação.

Pensei até em escrever sobre isso sob o ponto de vista do octágono MMA, mas achei sacanagem com o esporte.

Aproveitando que estou aqui para bater palmas para maluco dançar e ainda entendo que a política pode ser mais do que uma coisa séria feita com os punhos verbais sem ser a nobre arte, não poderia deixar de  pedir à banda para tocar um dobrado enquanto voltamos ao picadeiro para elogiar novamente as ações de esculacho público aos torturadores, como arma sim de pressão e de resposta diante de agressões diárias, de negação do estado de lidar com o problema e buscar de alguma forma a resolução. Comparar isso a linchamento, sorry, não dá, vamos contextualizar inclusive o histórico das ações, o motivo delas existirem em toda a América latina, etc... 

Ah, vão fazer isso com os militantes de esquerda? Jura? Já o fazem, sempre fizeram, até com quem começou depois da ditadura, não notaram? Menos legalismos, por favor.

Na mui leal um ex-jornal em atividade diz que o Emir do Paesquistão é um excelente funcionário público porque voltou pra trabalhar quando podia esticar em Paris e dá ideia pros funças que não podem ir além da Praça Paris e que ralam todo dia para, sei lá, evitar darem uma esticada num churras em Bangu na segunda-feira pré-feriadão, já que fazer sua obrigação qualifica o sujeito como bom profissional.

Do lado ensolarado do espectro político partidário há um sopro de frescor na candidatura dos Marcelos para a prefeitura, que ajuda aos eleitores como eu, que tavam com nojinho das eleições no Paesquistão, a terem candidato. Há também um sopro de negror com a atuação fedorenta do Senador Randolfe no caso DEMóstenes Cachoeira. 

Pô Senador a gente sabe que a luta política é dura, a gente perdeu, mas não esculacha,viu?

E assim se desenha o quadro da mesmice da política cotidiana onde aqui e ali aparecem sinais legalzinhos de que podemos sair do rame rame da luta do bem contra o mal, do moralismo versus o "Vamo comê", da geladeira versus o mato e do museu novidades estranhas pregadas como peça nos doutorados e feitas verdades mezzo embusteiras sob o pano Ecocarola do novo Circo "republicano".

Aqui e ali esculachos, minas pirando na biscatagi, acadêmicos que vão de trem, descendentes de escravos desescravizando no rap (tá ligado?), e funks da periferia vão dando cor às ruas por onde o ogro passa. Por isso o verso do poeta filho de Gonzagão torna-se fundamental: "Não vamo deixar ninguém atrapalhar a nossa passagem. Não vamo deixar ninguém chegar com sacanagem!".

E quarta tem Flu x Boca, nada é mais importante.