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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O medo, o neoliberalismo, a utopia e os amantes

Brecht dizia que nada parecia mais com um fascista que um burguês em pânico. 

Dizia isso explicando de forma sucinta a situação pretíssima da Alemanha dos anos 30 caminhando a passos largos em direção ao nazismo.

Essa frase, essa colocação, me fez pensar em quanto a lógica da proteção, da ordem, do medo que sustenta o clima político em nossas plagas em pleno século XXI é parente próximo do aumento galopante do pensamento conservador que assusta a quem tem um pingo de humanismo na alma.

Quase que automaticamente surgiu a dúvida se essa lógica do medo não seria filha da naturalização da adequação como prioridade máxima e esta como germinada no coração do pensamento neoliberal que a partir do fim dos anos 80 e do ocaso dos governos socialistas reais se tornou hegemônico nas sociedades capitalistas.

Porque é impressionante como todo e qualquer discurso de radicalidade transformadora, dos mais inocentes aos mais beligerantes, assustam demasiadamente uma juventude que está mais preocupada em ver política como a arte da adequação mediada, educada, comportada, mesmo que propondo mudanças do que vê-la como porta-bandeira da dimensão da utopia e da transformação radical do status quo.

E é impressionante como o ethos do cabelo curto, gravata, sorriso sem feijão no dente, sapato engraxado foi além do closet e penetrou na mente das pessoas.

 E é impressionante como esse ethos comporta em si o medo, o medo de tudo, o medo do confronto, do embate, do enfrentamento e da lógica de derrubar muros que ocultam a luz da cidadania, com medo de "desagradar" a parcelas da população x ou y.

O medo do desagrado, do emitir uma opinião polêmica e que cruze as fronteiras do dito "normal", atitude que deveria ser obrigação de todo socialista, toma campanhas eleitorais até que partem da lógica de enfrentamento radical cidadão, não abraçando nada que não seja do domínio da cidadania e da administração reformista do estado.

Imagina se a discussão fosse para questões onde não dá pra ficar fazendo mediaçãozinha como  a lógica da desapropriação da propriedade privada ou a própria lógica revolucionária?

Esse ethos do medo irracional, essa lógica de entender a sociedade como um bibelô de poliana, essa ideia de que o mundo não está preparado para o contraditório e precisa da mãozinha "ilustrada" para ser conduzido à reflexão é o fundamento de uma forma de comportamento que ganhou mentes e corações com a hegemonia político-ideológica neoliberal. 

E esta forma de pensamento hegemônico é baseado na necessidade de não tocar de forma radical o estado, de não mudar o status quo, de ir devagar no enfrentamento de vespeiros. Só que esse é o modus operandi que não muda nada e acaba sendo absorvido pelo status que  se transforma no que hoje pode ser chamado de "síndrome do PT" uma versão da síndrome, de Estocolmo para crianças.

Na campanha eleitoral de 2012 no Rio isso fica claro com o medo de uma minoria de partidários de Marcelo Freixo das polêmicas levantadas por ele que vão desde os alimentos orgânicos a citar a Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro em uma entrevista para a rede Globo. 

O medo da inadequação do enfrentamento diante dos vespeiros, o medo de "pegar mal" acaba travando fóruns de debates e organização de ação diante das óbvia mensagem da campanha: "Estamos comprando uma briga, esta campanha é pra mexer em vespeiros e ser pedagógica!". Não foi um equívoco, não foi um ataque, foi uma colocação com política, esteio no programa e disposição pra enfrentar o debate.

E o debate é doloroso para o pensamento único neo-liberal diluído nas mentes e corações, porque o debate contém em si o germe da ruptura transformadora. Todo debate permite a transformação pelo embate, pelo choque entre ideias, pelo amálgama e pela derrubada de muros e pré-conceitos teórico-intelectuais.

E ai o debate é barrado pelo surgimento do medo e o medo faz aparecer velhos preconceitos, como o da "natural imbecilidade" (atenção nas aspas) dos com baixa escolaridade, como se um homem sem escola não tivesse inventado a roda.

Além disso uma observação óbvia para quem está em campanha: A polêmica alçou o nome Freixo a todos os jornais e emissoras. Para quem precisava ser conhecido nada mais interessante.


Brecht dizia que nada parecia mais com um fascista que um burguês em pânico. E é impressionante como a  cultura conservadora que nos assola deixa a burguesia acesa em um medo que pode se transformar em pânico ao primeiro sinal de transformação. é preciso estar atento e ir demolindo o medo para que a primavera e sua utopia o transforme em coragem.






domingo, 12 de agosto de 2012

A Política e a Esquerda que a direita Gosta

O que é política? Como definimos política? Ao que nos referimos ao falarmos de política?

Parecem perguntas com resposta óbvia, imediata, pode a própria indagação ser vista como um ato de ausência de pés no chão e noção de concretude e/ou uma busca de dogmatizar a percepção do que é política. Porém a pergunta é mais uma aporia, questão sem uma resposta única ou um problema interminável, que outra coisa.

A política é uma gama tão grande de percepções que seria simplório e reducionista defini-la sob conceito A ou B. A própria ideia de uma grande ou pequena política, conceito muito caro ao companheiro Deputado Chico Alencar, é de certa forma uma imposição de categoria, uma imposição de um conceito construído e aceitado como "normal" por uma parcela da população e não por outra.

Não quero dizer com isso que a noção x ou y de política seja superior às outras ou o inverso, mas sim que temos de entender a extensão do problema da nomenclatura da política, inclusive para que o diálogo, esse saudável conviver entre diferenças, não seja substituído pelo dogma.

A política é tanto eleitoral quanto de movimento, é tanto trocar voto por cimento quanto a busca do convencimento pelo diálogo, é tanto o raciocínio dialógico quanto o fanatismo babador de gravata. Provavelmente a noção de consenso em política tenda a ser também o atestado de óbito da sociedade, dado que a diversidade da sociedade é imensamente mais dinâmica e poderosa que modelos de convivência, formatos teóricos e lógicas de comportamento ao ponto de um consenso político levar quase que de forma causal à um certo autoritarismo da substituição de uma forma de ver o cotidiano por outros ou outro. 

O consenso tende a eliminar a discordância e salvo raras exceções tende a ser mais uma conquista de hegemonia com vítimas e um presente cheiro de autoritarismo.

Há quem entende política como um somatório de elementos que incluem o eleitoral, o movimento social, o cotidiano de lutas menores que constroem mudanças de forma paulatina e o conjunto de pequenas ações que tornam possível um ideal de estado baseado em isonomia, ou seja, a tão falada democracia, neste campo se enquadra a ideia de Chico Alencar da "Grande Política".

Há outros no entanto que entendem política como a conquista de hegemonia pura e simples, dentro de uma ação brutal de eliminação das oposições, seja pelo voto ou pela prática "pragmática" de aparatismo do estado, de organizações ou entidades, seja pela via de um processo "revolucionário" burocratizados, seja pela conquista de governos e alianças que mantenham postos de controle nestes governos.

Há a população também que lida com a  política com uma mistura ampla de pragmatismo com organização, que pode ao mesmo tempo aceitar o tijolo em troca de voto como organizar movimentos de resistências a remoções.

A direita entende o poder como algo vinculado à política e ao controle do estado, assim como parte da esquerda e tende a concordar em partilhar o estado com adversários se isso for útil a seus interesses imediatos.

Todas as definições de política são legítimas, mesmo que ilegais, são lógicas de prática, de defesa de ideais, de luta política. A questão é que tipo de estratégia abraçamos e para que entendemos a política. 

Se for pra garantir a sobrevivência cotidiana, manter o pouco que se tem coberto não vejo porque um surto moralista para condenar o morador de comunidade carente, onde o estado jamais vai, por vender seu voto por telha e tijolo. Cada um sabe onde o calo aperta.

Se for pra garantir um rigor de ação que possibilite avanços e quiça um processo revolucionário que altere o estado, que amplie a formação política da população via luta política, a mais perfeita escola, entendo até as limitações de dividir a política entre Pequena e Grande, entendo até determinados surtos autoritários do cotidiano político de entidades, organizações e partidos maiores ou menores. Entendo e posso até defender, mesmo discordando aqui e ali e achando moralista ou sectário aqui ou ali.

O problema é quando a lógica de política, a ideia de política vira parecida, irmã até, da ideia de manutenção de um estado e de interesses idênticos ao da direita que se diz combater, e chega ao ponto de emular, imitar, mimetizar comportamentos desta para manter sob controle uma massa de votos que garante a ocupação do estado, organização ou entidade. 

Quando a eleição vira a medida de todas as coisas, úncia forma de fazer política, única ideia possívle de intervenção para a transformação do mundo,quando o eleitor vira o amior juiz da ação política, maior e único, o que nos separada mais velha, cruel e  tacanha direita? Talvez nada, como o govenro Dilma gosta de nos provar diariamente em suas práticas que vão desde o abandono da questão LGBT até ao tratamento de grevistas como criminosos com uma inflexibilidade em negociar só comparável a FHC.

Quando a "popularidade" vira o único valor e o "Transformar o país" se parece cada vez mais com apenas ampliar o abismo de direitos e desigualdade que já temos, mascarado por "benesses" que não mudam estruturalmente nada e são só um choque de capitalismo, podemos definir este governo e partido como de esquerda? Podemos entender esta politica como diferente da política de direita?

Talvez parte da esquerda só consiga a prefeitura das redes sociais, mas a obtenção de prefeituras, governos de estado e governo federal para agir como ferramenta de opressão de movimentos sociais, de remoção de pobres, de tratamento da educação como sub-nitrato de excremento, de tratamento de professores como imbecis, serve exatamente para que no sentido estratégico? Serve pra que tipo de melhora qualitativa no sentido político com relação à direita mais obscurantista e tosca?

A política é também reputação, é também símbolo, é também signo e quando os signos servem para confundir Esquerda e Direita, Amarelo e Vermelho, tucano e Estrela a política entre em um obscuro véu onde no fim o fascista e o progressista acabam parecendo o mesmo, e o desserviço desta política tende a corroborar com a "Pequena política" a que o companheiro Chico Alencar se refere como principal alvo de nosso combate, porque torna a política uma mistura de elementos que não permitem que se enxergue nenhum tipo de luz no fim do túnel que não seja um trem.

Quando Lula abraça Collor e Maluf, um muro de referências erguido com lutas cai e o norte que ele significava torna um fluido elemento de confusão para quem o observava.

Quando o governo  do partido dos trabalhadores trata trabalhadores como a direita tucana tratava esta confusão se torna maior e mais grave, porque confunde referências e práticas e acaba por igualar Bolsonaro a Suplicy.

E à população que por vezes entende que nada muda, pois a opressão só se renova, a lógica da imutabilidade o endossa a continuar na prática do benefício imediato, se apegando a toda e qualquer mudança de curto prazo, que seja a da venda do voto, dado que no horizonte turvo da política institucional as diferenças tênues não permitem uma construção de caminhar claro e decidido diante da própria consciência da realidade obscurecida pela igualdade entre "diferentes".

Aos "diferentes", a quem se constrói de outra forma, a própria dificuldade de se diferenciar é uma perda de tempo e de espaço que acaba por levar à luta política de convencimento à parâmetros novos, especialmente a partir da perda de identificação clara do que é esquerda.

A quem busca uma política de convencimento, conscientização ( no sentido de depurar a informação, a formação e de auxiliar à auto-organização para a auto-consciência), o véu que se ergue pelo "pragmatismo" institucional se torna também um problema imperativo, pois a cultura que se constrói,a  tradição que se reforça é a da legitimidade pelo cargo e não pela construção ideológica me torno de programas e projetos políticos.

A política que se busca "grande política", ainda no sentido defendido por Chico Alencar, como uma política republicana e ética, tem de dobrar os esforços para se legitimar primeiro como política para depois se tornar "grande" em comparação com a política do imediatismo e do curto prazo mantida pela relação entre as necessidades da população e a política de manutenção de cargos e aparatos.

Quando esta política é tida pelo principal partido da república, atualmente governando o país, tratando servidores como bandidos e conduzido por um partido originado na esquerda e que hoje atua como seu principal inimigo na direita, como um "desserviço", como uma "ilusão", o caminho que se entende é que se abandonou totalmente qualquer traço de busca de mudanças em nome de apenas conquistas de mais e mais espaços para a burocracia que se mantém internamente e de uma massa de idólatras que trocaria a mãe pela vitória de seu time, ops, partido na competição chamada eleição que rola a cada dois anos.

A política tem muitos nomes, muitos conceitos, todos legítimos, porém optar pela confusão política em prol da manutenção de aparato burocráticos ao invés de bancar ampliação de direitos e redução real, estrutural, da desigualdade, o Partido dos Trabalhadores e seus apoiadores, a despeito dos slogans, confundem só se são a esquerda que a direita gosta ou já não são apenas intermediários.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

De perto, ninguém é normal

Uma velha discussão política no Brasil é a da nossa singularidade. Ela aparece em vários espectros da ideologia, seja no aspecto de esquerda onde se coloca que "temos nossa maneira de lidar com alianças e com o estado" seja pela direita que a usa para colocar que a política aqui deve ser mais dura com manifestações para tentar "educar nosso povo para a civilização política".

Em ambos os casos existem outros exemplos claros. Temos a defesa por parte da esquerda que "A população latino-americana entende um governante forte e carismático como fundamental e por isso as relações clássicas 'republicanas' talvez não se apliquem por aqui" e pela direita de que "O Brasil tem um atraso fundamental civilizatório e precisa de um 'choque' de xxxxxx" onde está o xxx preencha com "capitalismo", "ordem", "civilização" ou outro termo que se lembrem.

A singularidade Brasileira em ambos os casos, ou para destacar diferenças qualitativas e/ou de excepcionalidade ou  para desqualificar métodos democráticos de relação entre classes e de disputa de poder ou mesmo ainda desqualificar a luta do povo como "desordem", serve para adequar ações políticas de forças x ou y à uma realidade que só existe aqui e que por isso torna necessárias medidas de exceção, sejam elas morais,  de política de alianças ou de força.

A questão básica é que a defesa da singularidade parte de uma premissa óbvia para a sustentação de  falácias.

É óbvio que o Brasil é singular! Como o é a Argentina, o Peru, o Japão, o Chipre, os Estados Unidos, Pernambuco, Amazônia, Pelotas ou Madureira, assim como toda a unidade geográfico-populacional existente nesse mundo de meu deus e que se organizam socialmente em um espaço e com uma determinada ação política que mistura a organização institucional, questões culturais, tradições, língua,etc.

Essas singularidades no entanto não estão isoladas de questões que se consagraram com os modelos de estado ditos "burguesas" que se tornaram hegemônicos no planetinha especialmente a partir do imperialismo punk rock do fim do século XIX onde o capitalismo se espalhou fortemente no planeta se tornando hegemônico e derrubando formas de organização políticas diferentes das Europeias e tornando o modelo de estado baseado em três poderes e constituição quase que presente em todo o mundo.

Na América por exemplo, isso é muito, mas muito anterior, sendo por baixo um modelo que já é estabelecido no início do Século XIX quando dos movimentos de independência, sendo porém possível falar que a lógica de estado europeia já é presente desde antes, dado que a América era colonia de estados europeus e reproduziam em menor escala estes estados aqui.

Tradições foram inventadas e reinventadas, desde a autoritária caudilhesca centralizadora até a republicana, que se organizaram em torno das singularidades e construíram repostas próprias diante dos modelos de estado e se construíram entre oposições e situações com sua relação entre singularidades espaciais e culturais e o estado que foi se organizando entre essas pressões até hoje.

Se temos a singularidade de buscar líderes autoritários e centralizadores carismáticos, ele é tão singular quanto o sebastianismo luso, a forte presença fascista e carismática italiana ou o franquismo espanhol.

Há algo tão caudilhesco quanto o culto ao presidente dos EUA e a tradição de eleição para este cargo de membros da elite estadunidense, seja ela rural ou não, com raras exceções? Há algo tão republicano quanto a política chilena na maior parte de sua história? A construção de partidos comunistas no Brasil e Argentina e relações tão similares em sua repressão como a que ocorreu nos EUA e na Europa às forças socialistas não são exemplo de nossa tradição comum republicana?

A própria construção histórica das lutas da classe trabalhadores de imensa semelhança com as lutas ocorridas na Europa e EUA é uma singularidade? Ou talvez a singularidade seja menos exceções relacionadas a uma "impossibilidade" de construção de ações políticas que sejam pautadas em uma tradição democrática, de esquerda, republicana e ideológica e mais nossa forma particular, como a  de todos, de lidar com nossas tradições e contradições, línguas, carinhos, amores e debates, ou seja, nossa cultura dentro da tradição republicana?

A busca de nossa singularidade não pode ter em mente que nossa singularidade traz naturalizações políticas ou morais ou nos torne portadores únicos dela, enquanto cada cultura é singular diante das outras e isso também serve para a política.

É preciso sim saber a singularidade de cada local, de nosso país, língua e povo, sem no entanto esquecer que construímos um estado a partir delas, com elas e que este estado é também palco de disputas, de questões ideológicas e que é sim um estado que se encaixa em um modelo de estado burguês que não é nada singular e cujas relações internas e externas a ele se tratam também em tradições importadas e mantidas no cotidiano político transformadas sim pelas nossas singularidades, sem no entanto terem sido apagadas.

Não temos os políticos mais ladrões e nem o estado mais perdulário, não somos os singulares ineptos para a prática democrática e nem os únicos a terem parte da população amante de líderes carismáticos de esquerda ou direita, não somos os únicos que compramos ou vendemos votos e nem tampouco os poucos e parcos enfrentadores de crime organizado enfiado em política ou que possuímos escândalos de corrupção e nem precisamos mais ou menos de ditadores de esquerda ou direita para resolver todos os nossos problemas.

Uma pesquisa básica na história dos países do mundo, e eu fiz recentemente uma boa leitura da história dos EUA, aliada ao acompanhamento das notícias internacionais nos dão uma dimensão de imensa solidariedade nossa com problemas e dilemas da maioria dos países do mundo, ao menos os ocidentais. E ai nossa singularidade cai, para o drama dos ufanistas do mal e do bem e para o alívio de quem não se acha tão marciano assim.

É preciso entender que nossas particularidades e singularidades não nos mudam de planeta e que a defesa delas para além do razoável também serve a ideologias, a interesses políticos imediatos, a lógicas partidárias que no fundo são só a velha e boa puxada de brasa para sua sardinha.

É preciso estar atento a isso para não incorrermos em uma lógica atávica de nossa inadequação para a democracia, para as transformações. É preciso entendermos que nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.

Até porque de perto, ninguém é normal.