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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Novembro Negro, evento de divulgação e debate de ideias anarquistas de 3 a 25 de Novembro - Faculdade de Educação da USP


A fim de dar sequência a esse esforço acontecerá o Novembro Negro, evento de
divulgação e debate de ideias anarquistas, dando ênfase à educação
libertária. O evento acontece de 3 a 25 de Novembro e contará com debates,
filmes e shows. Todas as atividades acontecerão na Faculdade de Educação da
USP (campus Butantã - pegar qualquer ônibus para a USP e descer no 1º
ponto da Cid. Universitária).

Debates - 19h30 - Sala 124
Filmes - 18h - Centro Acadêmico Professor Paulo Freire
Shows - 22h - você saberá onde é

03/11 - Debate 1 - Pedagogia Libertária, algumas experiências

Raisa Guimarães -Graduanda de Pedagogia - UNIFESP

O anarquismo apresenta-se principalmente como um movimento político que nasceu
das classes menos favorecidas, econômica e politicamente, na Europa do século
XVIII. E a representação máxima contra os aparelhos estatais e a Igreja
visto por eles como alienantes das massas e que por isso devem ser destruídos.
Contudo para conseguirem alcançar a revolução social com base na igualdade e
liberdade, os anarquistas expressam de formar enfática numa transformação do
ensino para as crianças das classes populares, uma educação que não seja
para formar mão-de-obra barata, mas uma educação revolucionária,
emancipadora baseada no apoio mútuo, na co-educação de gêneros, na
autogestão. Para aqueles que pensam que essas idéias e ideais são apenas
utopias não realizáveis, venho mostra-lhes algumas experiências estrangeiras
e brasileiras de educação libertária.

04/11 - Filme 1 - A estratégia do caracol (1993 - Colômbia)

Moradores da Casa Uribe, propriedade de Dr. Holguín, um jovem magnata, lutam
contra as ameaças de desalojo. Defendendo o edifício contra juízes e
policiais, planejam uma original estratégia, proposta por Dom Jacinto, um
velho anarquista espanhol. A luta contra os especuladores parece estar perdida
antes de começar, mas os vizinhos estão dispostos a fazer todo o possível
para defender sua dignidade.

09/11 - Debate 2 - Espaços Autônomos

Biblioteca Terra Livre e Ativismo ABC

Os espaços autônomos se constituem desde o início do movimento anarquista
como espaços de encontro. Historicamente grupos anarcosindicalistas, centros
de cultura e escolas libertárias se organizavam no mesmo espaço físico. Na
história recente do anarquismo brasileiro os espaços autônomos anarquistas
tem desempenhado um importante papel para o encontro e difusão de anarquistas.
A Biblioteca Terra Livre (São Paulo) e o Coletivo Ativismo ABC (Santo André)
trarão a experiência da vivência, da construção e manutenção destes
espaços ao longo dos últimos dez anos. Buscando debater sobre o caráter
educativo que tais iniciativas podem adquirir a partir da prática e
experiência da manutenção de um local físico e permanente, de gestão e uso
coletivo.

10/11 - Debate 3 - Autonomia Operária como pedagogia

Paulo V. Marques Dias - Doutorando em Estado, Sociedade e Educação pela
FEUSP.

Através de uma visita a teóricos heréticos dentro do marxismo, que se
posicionavam contra o estatismo e a burocracia, podemos vislumbrar todo um
universo teórico e conceitual muito útil às lutas sociais. No caso, trata-se
da abordagem sobre a formação dos sujeitos feita dentro da perspectiva
autonomista, que vai desde uma crítica da burocracia, do estado, da
organização do trabalho na empresa e da estrutura hierarquica e fabril
escolar, até uma crítica ampla da indústria cultural e dos lazeres
programados como forma educativa do capital estabelecer seu controle social.
Igualmente, esta análise não olha apenas para os mecanismos de dominação,
mas considera a resistência espontânea e autônoma engendrada pelos
trabalhadores dentro do processo, criando alternativas sociais de organização
nova. Assim, a luta autônoma se transforma na pedagogia da geração da
consciência através da luta social e no processo, dispensando formas de
direção de consciência e adestramento dos indivíduos

11/11 - Filme 2 - Patagônia Rebelde (1974 - Argentina)

A trama começa quando frente a situação econômica as sociedadas
trabalhadoras de Puerto San Julián e Río Gallegos, afiliadas a chamada
"FORA comunista", dominada pelos anarcossindicalistas para distinguir-la da
"FORA do 9º Congresso", dominada pelos sindicalistas revolucionários,
começam uma campanha de sindicalização de peões, esquiladores e outros
assalariados, mas a resposta dos estancieros foi extremadamente dura:
despedidos, violência, ameaças, a simples elaboração de petições por
parte dos peões podia dar lugar a represalias. Esta conduta de
intensificação do conflito que traria a rebelião dos trabalhadores contra os
patrões e as instituições estatais.

17/11 - Debate 4 - Educação-Cultura e Anarquismo

Doris Accioly - Professora da FEUSP

A inseparabilidade educação-cultura na experiência anarquista, tendo como
referência o movimento anarquista na Espanha e no Brasil, entre finais do
século XIX e a década de 1930. O modo como os anarquistas fizeram sempre da
cultura um ato pedagógico, educativo. Algumas concepções estéticas
anarquistas , sublinhando sua singularidade frente a outras , inclusive
relativamente ao campo político-social do que em geral se denomina esquerda.

18/11 - Filme 3 - Libertárias (1996 - Itália, Espanha e Bélgica)

Em 18 de julho de 1936 o exército espanhol se rebela contra o Governo da
República. Seis mulheres de origens e classes sociais diferentes se organizam
em um grupo de anarquistas para lutar, de igual para igual com os homens,
contra as tropas nacionais. Uma freira que descobre a solidariedade fora da
fé, prostitutas, operárias, etc., unidas para defender seus ideais políticos
e, ao mesmo tempo, fazer entender a seus companheiros as mudanças ideológicas
e sociais pelas quais elas também almejam conquistar.

23/11 - Debate 5 - Autonomia e Conhecimento Livre

Biblioteca Terra Livre

A Biblioteca Terra Livre e Grupo de Estudos Educação e Anarquismo promoverão
um debate sobre a experiência dos Grupos de Estudos e a importância da
Autonomia para a construção de um conhecimento livre e libertador. A
intenção deste debate é compartilhar esta experiência de educação
libertária que já vem ocorrendo a um ano, na sede da Biblioteca,
quinzenalmente. As leituras do grupo já passaram por textos clássicos do
pensamento anarquista bem como pelas experiências de escolas anarquistas
realizadas no Brasil e no mundo. O debate será aberto a todos.

24/11 - Debate 6 - Pedagogia Libertária e construção da liberdade

Silvio Gallo - Professor da FE/UNICAMP

Quando falamos em pedagogia libertária, pensamos logo em liberdade. A
pedagogia libertária, sem dúvida, é uma prática de educação para a
liberdade. Mas a questão é saber o que é liberdade. Não são poucos os
conceitos de liberdade, mas podemos agrupá-los em duas grandes linhas: aqueles
que consideram a liberdade uma característica natural do indivíduo; e aqueles
que pensam a liberdade como uma construção social, coletiva.
No primeiro grupo, temos os filósofos liberais, como John Locke, Jean-Jacques
Rousseau, por exemplo, que pensam a liberdade desde uma perspectiva individual.
O caso de Rousseau é emblemático para a educação, uma vez que ele escreveu
um tratado sobre como educar um indivíduo em liberdade, desde seu nascimento
(Emílio, ou da Educação, publicado em 1762). Essa visão de liberdade está
articulada com uma concepção individualista de sociedade.
No outro grupo, podemos colocar filósofos anarquistas, como Pierre-Joseph
Proudhon ou Mikhail Bakunin, que se esforçaram por pensar a liberdade em uma
outra direção, coletivista e não individualista. Eles defenderam que não
faz o menor sentido pensar a liberdade como atributo do indivíduo, pois não
faz sentido dizer que alguém é livre quando vive sozinho. Só podemos falar
que somos livres quando vivemos com outros, em meio a outros e a liberdade
deles não é um impedimento para minha própria liberdade, mas sua
confirmação. Em sua concepção, a liberdade é uma coisa que se constrói
coletivamente, em sociedade. Algo que não nasce conosco, mas que precisamos
aprender, conquistar e construir.
Há escolas libertárias que se basearam nas ideias de Rousseau e sua proposta
era a de educar a criança partindo do princípio de que ela é livre desde que
nasce. Mas outras escolas libertárias, notadamente aquelas criadas por Paul
Robin, por Sébastien Faure, por exemplo, esforçaram-se por pensar e praticar
uma pedagogia que não parte da liberdade da criança como um dado, mas como
algo que precisa ser construído. Essas escolas desenvolveram a ideia de uma
educação integral do indivíduo, na qual a construção da liberdade é uma
espécie de aprendizado coletivo, que se faz no cotidiano das atividades na
escola.

25/11 - Debate 7 - Ferrer y Guardia: Pedagogo e Anarquista

Laboratório de Estudos e Práticas da Autogestão (L.A.P.A.)

Francisco Ferrer y Guardia acreditava que uma proposta educativa deveria
possibilitar a criticidade e criatividade dos educandos, por isso a educação
não deveria estar presa a dogmas e a um Estado que pretende manter o sistema
de dominação do homem pelo homem. Sendo assim, se fez necessário criar uma
escola, que possibilitasse a educação integral para todas as crianças,
independente de gênero, raça e classe social, pois todos os humanos devem
conviver entre si como iguais, sendo capazes de como iguais, respeitar as
diferenças, por isso Ferrer era contrário ao ensino ministrado pelo Estado e
pela Igreja, pois o mesmo não tinha a devida preocupação com a formação do
sujeito histórico critico, e sim cumpria a função social de formatar seres
aptos a assumirem seus papeis previamente delimitados por sua classe social
dentro do sistema social vigente.

25/11 - Show

Ordinária Hit (www.myspace.com/ordinaria)
Dischaos (www.myspace.com/dischaos)
Deturpados (www.myspace.com/deturpados)
LifeLifters (www.youtube.com/watch?v=DfNjyBm7SqE)
Revolta Popular (www.myspace.com/revoltapopular1500)
Invasores de Cérebros (www.myspace.com/invasoresdecerebros)

***

PREPARE-SE:

2ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre/RS
De 11 a 14 de Novembro
http://flapoa.deriva.com.br/

2a. Feira Anarquista de Sao Paulo
04 de Dezembro
http://feiranarquistasp.wordpress.com/

Colóquio Internacional Élisée Reclus e a Geografia do Novo Mundo
De 06 a 10 de Dezembro
http://reclusmundusnovus.wordpress.com/

--
Biblioteca Terra Livre
http://bibliotecaterralivre.noblogs.org
bibliotecaterralivre@gmail.com