O PSOL se auto-proclama "Um Partido Necessário" e concordo plenamente com isso, inclusive por ser filiado ao mesmo, e entendo-o como a grande alternativa para uma esquerda que sofre com uma das maiores crises de sua História, comparável inclusive com a crise que lhe abateu antes e durante a ditadura militar que veio a destroçar suas lideranças e base.
O papel que o PSOL desempenha e deve desempenhar é a tábua de salvação para um conjunto de bandeiras e práticas que são precisas para a necessidade do país superar um período histórico assustador, que vê o crescimento do conservadorismo e do reacionarismo a ponto de voltarmos a ter manifestações neo-fascistas não só nos guetos dos grupelhos, mas no parlamento, onde deputados perdem inclsuive o decoro ao assumir práticas e idéias que só faltam usar camisas verdes ou pretas.
Os Parlamentares do PSOL asseguram o lugar de melhores mandatos a serviço do país, seus estados e cidades, com orgulho, são os melhores quadros a atuar na Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativa, Senado e Câmaras de Vereadores. A militancia do PSOL na rede e na rua vai à luta e faz seu papel.
O que falta então pro PSOL meter bronca e sair da sombra de "Dissidentes do PT"? Pra muitos a resposta fácil seria: "Atacar de forma mais veemente o governo" , "Fazer discurso revolucionário",etc. Apesar de achar que falta mais veemencia nos ataques e mais socialismo no discurso,isso é perfumaria diante da necessidade concreta de existir um.. Partido.
Como assim falta existir um Partido? Isso, falta existir um partido! A distancia entre a cúpula e a base do PSOL tem o mesmo tamanho de duzentas voltas a Betlegeuse, do Grande Ford Prefect de Guia do Mochileiro das Galáxias. O mais complicado é que esta distancia é menos de afinidade política minima do que de uma coisa mais simples: Instancias de debate e interação.
É mais fácil dialogar com um parlamentar diretamente do que via um núcleo, considerando que estes ainda existam, dada a pouca quantidade de núcleos em funcionamento. Tenho contato com gente de núcleos e setoriais e se existe um papo entre a cúpula e estes núcleos é de forma informal e em geral por contato via redes sociais ou pela vida cotidiana.
Tenho mais facilidade de contato com os Deputados Jean Willys e Chico Alencar via twitter do que via plenárias de mandatos, o mesmo com o grande Milton Temer. Claro que é legal essa interatividade, essa política 2.0, mas sem a política 1.0 a 2.0 é apenas uma interação de mandato com eleitor, e não de dois filiados com papéis a serem executados no dia a dia partidário e na interlocução das lutas cotidianas com os mandatos.
Não há aqui nem sombra da intenção de culpar os parlamentares ou figuras públicas, mas é uma cobrança sim de que existam meios de criar neste partido um Partido de verdade e não uma legenda com grandes mandatos. Precisamos de seminários, de insuflar os núcleos a existirem e consturir mutuamente um partido atuante, em contato pleno com as lutas, com a militancia,com a produção intelectual do partido, com a vida enfim.
O PSOL tem tudo para ocupar a vaga deixada pelo PT na esquerda, falta a ele existir plenamente, indo além do imaginário que o mandato cria para as classe médias informadas e penetrando nas lutas diárias, em todas as classes, e em si mesmo, se conhecendo e interagindo mutuamente para além das lutas entre correntes, cúpulas e campos.
O PSOL é um partido necessário, mas é necessário ser um partido inteiro para além de necessário se tornar imprecindível.
PS: Quando menciono ocupação de espaço deixado pelo PT não tenha a intenção de propor que o PSOL use o PT como modelo ou siga seu caminho, mas que ocupe o espaço político deixado vago na esquerda, a seu próprio modo e estilo, preservando a idéia de novo, buscando novas relações e formas de fazer política, especialmetne baseando-se nas novas formas de política que nascem da horizontalidade da Internet, por exemplo, da busca de um socialismo com liberdade. A idéia não é propor a repetição do PT, mas o avanço com relação ao PT buscando ser opção pra quem ainda luta pelas bandeiras abandonadas pelo Partido dos Trabalhadores, mas buscando mais a horizontalidade da Comuna de Paris e menos a formatação dos PCs e do novo Stalinismo Petista. A ocupação do espaço é no sentido de estar no lugar deixado vago pelo PT, não necesaiamente da mesma forma com que o espaço foi ocupado antes.
PSdoB: Betelgeuse é o planeta de Ford Prefect Pesonagem do Livro Guia do Mochileiro das Galáxias, ótimo livro de ficção científica bem humorado, leiam!.
PS: Quando menciono ocupação de espaço deixado pelo PT não tenha a intenção de propor que o PSOL use o PT como modelo ou siga seu caminho, mas que ocupe o espaço político deixado vago na esquerda, a seu próprio modo e estilo, preservando a idéia de novo, buscando novas relações e formas de fazer política, especialmetne baseando-se nas novas formas de política que nascem da horizontalidade da Internet, por exemplo, da busca de um socialismo com liberdade. A idéia não é propor a repetição do PT, mas o avanço com relação ao PT buscando ser opção pra quem ainda luta pelas bandeiras abandonadas pelo Partido dos Trabalhadores, mas buscando mais a horizontalidade da Comuna de Paris e menos a formatação dos PCs e do novo Stalinismo Petista. A ocupação do espaço é no sentido de estar no lugar deixado vago pelo PT, não necesaiamente da mesma forma com que o espaço foi ocupado antes.
PSdoB: Betelgeuse é o planeta de Ford Prefect Pesonagem do Livro Guia do Mochileiro das Galáxias, ótimo livro de ficção científica bem humorado, leiam!.
Lendo este texto me lembro de antigas teorias políticas sobre a ditadura da maioria. É o que ocorre hoje na política brasileira. Para tanto, não só o PSOL como todos os partidos existentes e os que querem emergir devem afinar o discurso e atacar a estagnação que vemos hoje no país. Só assim a esquerda se fortalece e levanta de novo a sua bandeira.
ResponderExcluirAbraços, Gilson!