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quarta-feira, 21 de março de 2012

Igreja Peripatética Deus é Bróder

Tem dia que de noite é assim mesmo! Mesmo assim tá completo quase à tampa o suporte ao pentelhamento carpado da fé e da anti-fé no blabláblá diuturno das redes sociais.

Sei que quem espera sempre alcança, e mais ainda que quem desespera anda rápido, às vezes em círculos, e por isso guardei o manifesto peripatético nos bolsos da ironia, enquanto afagava a bílis do cinismo.

Em resumo: O saco completa o amadurecimento dos ranzinzas e rompe com o modorrento guardar. Ele está cheio!

É isso! Ando de saco cheio da bondade, da pureza, da fé, do otimismo, do mundo róseo, do mundo da salvação. Também ando de saco cheio do ateísmo racional de botequim, molecote, barba mal feita e parca, barriga ainda imberbe e magra, cara de quem nunca perdeu um dente numa briga, nem se fosse briga virtual de vídeo game.

Há otimismo, fé e anti-fé pseudo cínica demais no ar deste Fla x Flu fedorento que são as redes sociais onde tudo é alvinegro, sem ser botafoguense, e tudo carece de qualquer tipo  de profundidade. A fé ou é fanática e burra ou é otimista, feliz e pônei maldito. A anti-fé ou é fanática e burra ou é babacóide, molecóide, que culpa a irracionalidade pelo crime do mundo ser esta imensa bosta flutuante no espaço como  se na racional Grécia não rolasse escravidão, tortura, mulher oprimida, etc..

Talvez só a Igreja Peripatética Deus é Bróder e a Igreja Tresbesteriana do Sétimo Dígito tragam o alento do perigoso terreno da galhofa para esses dias de protesto coxinha, revolução coxinha, geração saúde coxinha e até bebum coxinha.

A Ironia foi assassinada junto com a Lógica e nem meteram poesia na bagunça do dia a dia, meterem foi ateísmo fake, fé demente, otimismo bunda, quase  um modelo vegan radicalóide burro da discussão sobre cultura e o real.

Não sei se Deus é amor, e nem quero saber, só sei que o meu é Bróder e tem vez que ele vai na do Ojuobá e é ateu (E viu milagres como eu). Não sei se a Religião é o ópio do povo, e acho  que se o fosse seria mais bacana porque o mundo doidão teria mais graça, mas sei que essa racionalidade irracional século XIX desatualizada e com cheiro de fralda mal lavada é um porre.

Misture tudo isso à ditadura da felicidade Luciano Huck e ao radicalismo raivoso pseudo-esquerdista semi oportunista que quase não esconde o preconceito com pobre, aqueça e pode servir.

Existe um modelo de auto normatização do protesto que parece radical, existe um moralismo de fachada, um racionalismo banguelo, um modelo de conhecimento redutor de real, estupidificador, fechado que no fundo no fundo só mantém o dia a dia idêntico como todos ama nas teorias de quarto escuro. É o radicalismo que não vê pela raiz é só uma vertente histérica do intelectual elitista de qualquer versão ideológica.

Ai tu mistura o Malafaia, com o Esquerdistazinhos anti-religiosos que juram que isso é ser laico, os Otimistas da ditadura da felicidade, os fiscais de fiofó, os fiscais alimentares contra comedores de cadáveres, os ateus que acham que a religião é culpada de tudo e atuam com homofobia, etnocentrismo e  até racismo, mistura isso tudo e tens na tua mão o resultado do conservadorismo babaca que tá na direita, esquerda, centro e ai te olhando, por cima do ombro, querendo te comer.

Tem anarquista etnocêntrico, comunista machista, direitista burro, otimista fundamentalista.

É neste mar de babaquices fardadas que acham que o planisfério só surfa dede os anos 2000 que a Igreja Peripatética Deus é Bróder se lança num convite cético, cínico, poético, anárquico: Bebam mais, falem menos! Flutuem, Bróders!