terça-feira, 17 de agosto de 2010

Das dores de oratório

A antiga Dilma que assusta leitores da Veja
A ênfase na necessidade de vencer no primeiro turno leva a loucuras por parte dos apoiadores de Dilma Roussef e o pânico da derrota acachapante a níveis surpreendentes de desonestidade editorial e política por parte dos tucanos.

Pra quem tá fora desse jogo e tem uma campanha de reorganização da esquerda fica patente que a questão eleitoral pro PT não é mais tática,é estratégica, e se torna desesperadora qualquer tentativa de fechar o caixão do PSDB no primeiro turno, onde eles se colocam como paladinos de uma esquerda da qual já não são mais os guias espirituais e colcoam nomemso barco gente tão díspare quanto Zé Maria e seu sectarismo PSTU, Rui Pimenta, do gêmeo mau PCO, O respeitável Ivan ;Pinheiro do CPB, Plínio do PSOL e ela, Dilma Roussef do Governo de "Coalizão" PTMDB.

A nova Dilma que assusta a esquerda
A comédia disso é que de "irresponsáveis", "diminutos e irrelevantes", "quintas-colunas", todos os demais partidos de esquerda na oposição se tornam companheiros, e isso dentro de uma tática de atração atraves da política do medo e do apoio acrítico baseadoem "conquistas" do Governo Lula que só podem ser assim consideradas se vistas pelo viés extritamente economico. Fora do viés econômico não existem razões para crer em melhoras na educação, na saúde e na distribuição de renda que sejam estruturais, a expansão universitária não garante autonomia Às universidades que não seja revertida por um governo menos "sensível", a política ambiental é um trator desenvolvimentista com pouco ou nenhum diálogo com a popuação e a de reforma agrária é engessada pela necessidade de apoio do agronegócio,que inclusive tem um delegado do Governo via PCdoB, Monsieur Aldo Rebelo.
O quase ex-candidato
O pânico tucano dispensa explicações,pois o governo Lula é excelente pro topo da piramide Brasileira, dos faraós embalsamados do capital, mas pega mal no Cowntry um gerente pobre,de outra classe,então eles tentam e tentam substituir o gerente paraíba por um gerente de família amiga,tentaram com o vampiro,que morre politicamente e se desespera, usando as armas que lhe foram oferecidas em papel jornal e antenas de TV pelos faraós, mas estes nem se preocupam tanto,pois um principe de sangue nobre desponta mais qualificado para limpar asala do trono de presenças indesejáveis.

O apelo petista soa patético nesse quadro de hegemonia de sua política de centro sem enfrentamento com mídia,agronegócio e do capital, pois pede apoio contra uma mídia que o persegue para manter pressionada a política de apoio ao capital e de não enfrentamento,mas que nunca foi enfrentada em seu monopólio,assim como o latifundio mal foi tocado pelo trator da Dilma, useira e vezeira em usá-lo contra populações indígenas em nome do "pogressio".  Além disso se ancora numa promessa de guinada  à esquerda em um quadro onde os recuos do PT não apontam para uma Dilma mais poderosa que o"mito"Lula para enfrentar um PMDB cada vez mais protagonista e forte após receber o apoio do"Mito" e do assassinato das alas à esquerda do próprio PT no Rio, Alagoas e Maranhão, onde o apoio direto a Cabral e Sarney e  indireto a Collor retira da esquerda do PT qualquer representação digna para a população consciente e movimentos sociais ainda não cooptados pelas conferencias governamentais.
Plínio, em versão antológica do Angeli.

O PT quer tanto o governo e tanto sua imagem de esquerda de volta que delira no narcisismo do "exequível", sem perceber que quem não o conhece não pode mais ver pra crer e quem jamais o esquece não pode reconhecer. 

Enquanto isso nas dores dos oratórios da militância o trabalho continua,seja ele no gueto ou na esquerda que se propõe revolucionária,mas a cabrocha mais bonita não encanta mais quem não é turista.

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