Marcelo Freixo sofreu novas ameaças de morte, onde inclusive mencionam pagamento de 400 mil por sua cabeça e sairá do país para reajustar sua segurança e reduzir a pressão pessoal, chamar atenção das autoridades,etc. Em tempos de eleitoralismo à todo vapor é fácil, e estúpido, cometer o erro que eu mesmo cometi de imputar golpe publicitário à ação. A parada e séria, nego preto, e o trem ta feio.
Mesmo com todas as críticas que o Deputado mereça pela ação política interna e externa ao PSOL no que tange especificamente à construção de alternativa política à este tipo de costura política que sustentam o sistema atual, a ameaça à sua vida é fator gravíssimo que deve e merece ser combatido por todas as instancias da sociedade. Não dá mais pra aturar uma cidade e um estado entregues à grupos criminosos com braço no Estado, mantidos e sustentados por membros da Câmara Municipal, da ALERJ, da Secretaria de Segurança, Polícias Militar, Civil e Bombeiros, tanto com participação ativa quanto por omissão.
A saída de Marcelo Freixo do País é fato grave e não pode ser combatido apenas com discursos na OAB e passeatas na Orla, é preciso ir além, com pedido direto de impeachment do Governo do Estado por omissão, fingir que não conhece as ameaças, fingir ignorar o grave risco à vida das pessoas e pro vezes sendo cúmplice de assassinatos como o da juíza Acioly ao retirar sua proteção, com a anuência criminosa do poder judiciário estadual.
O crescente mando das milicias pela cidade é facilmente distinguível, basta rodar pelos bairros da zona oeste e se sabe que é de propriedade de milicianos lojas de carros, bares, restaurantes e a venda de "gatonet" rola solta.. e não só nas áreas "favelizadas'.
Se juízes e Deputados são ameaçados e mortos,o que esperam que seja feito das vidas das pessoas comuns, mesmo a que apenas questionam barbaridades dos "donos" da cidade? O que ocorre é o comum, gente morta, ameaçada, oprimida.
Por isso a luta contra as milicias e o descaso dos governos tem de ir além de solidariedade ao deputado é caso de exigir investigação pelo ministério Púbico das redes de relação entre milicianos e políticos e pedir o impeachment do governador omisso, pra dizer o mínimo.
Não é preciso votar no deputado para participar disso, é preciso ir além do apoio individual e dos movimentos circunscritos nos trâmites legais ou em manifestações específicas que não atraiam os que são ameaçados diariamente pelas milicias.
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